O encontro foi realizado na sexta-feira passada,
7, na sede do Incra, em Natal
A Superintendência do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (INCRA) do Rio Grande do Norte se reuniu com
representantes nacionais do Movimento de Educação de Base (MEB) para tratar da
implantação de dois cursos de alfabetização de jovens e adultos (EJA). O
encontro foi realizado na última sexta-feira, 7, na sede do Incra, em Natal
(RN).
Participaram o superintendente, Valmir Alves, o
secretário executivo do MEB, padre Gabriele Cipriani, a coordenadorafinanceira, irmã Delci Maria Franzen, e
demais coordenadores das entidades agrárias e de educação.
A parceria diz respeito à execução de dois
convênios para instalação de 120 turmas em assentamentos da reforma agrária e
acampamentos de trabalhadores sem terra. O projeto contempla todo o estado e
irá oferecer aulas de alfabetização e escolarização para 2.400 pessoas jovens,
adultas e idosas.
Deverão ser investidos cerca de R$ 5,7 milhões,
recursos oriundos do Programa Nacional de Educação para Reforma Agrária
(PRONERA), que custeará a ação. O Movimento de Educação de Base teve sua
proposta selecionada pela Presidência do Incra, no âmbito de uma chamada
pública nacional, realizada no final de 2012, envolvendo oito estados.
ALFABETIZAÇÃO
Para justificar a apresentação de uma proposta de
alfabetização para o público do Pronera no Rio Grande do Norte, o MEB utilizou
números dos dados educacionais dos assentamentos, uma pesquisa realizada pelo
Incra em 2010. Naquele período, de acordo com a pesquisa, o estado possuía
19.913 famílias assentadas, com um percentual de analfabetos de cerca de 19%.
Diante da constatação, a entidade educacional
encaminhou projeto ao Incra com a intenção de atender à demanda do Estado. A
ação educativa está totalmente voltada para a superação do analfabetismo e a
escolarização no meio rural, com atenção especial pela alta taxa de
analfabetismo e de distorção de idade e série.
Para o superintendente do Incra, a contribuição
para a superação do analfabetismo, a continuidade dos estudos colabora para o
desenvolvimento sustentável nas áreas da reforma agrária, como também nos
territórios da cidadania e traz benefícios em todas as dimensões: econômica,
social e ambiental.
O próximo passo, agora, é de pequenos ajustes no
projeto e finalização dos convênios. A proposta inicial é de que a seleção dos
alunos, definição dos locais de aulas, implantação das turmas e capacitação da
equipe pedagógica e professores estejam concluídas até novembro próximo. As
aulas deverão ser iniciadas em janeiro de 2014.
Fonte: Gazeta do Oeste