segunda-feira, 26 de agosto de 2013

ESTADO: Universidades federais do estado aderem á paralisação nacional

Edinaldo Moreno/Da redação
foto: Fred Veras

Desde a manhã desta segunda-feira, 26, os servidores técnicos administrativos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade Federal do Semi-Árido (Ufersa) aderiram à paralisação nacional.
A decisão foi tomada em assembléia realizada nesta manhã e seguirá até o dia 30, segundo o coordenador do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior (Sintest), José Rebouças da Costa.
Dentre as reivindicações dos técnicos-administrativos estão a antecipação das parcelas do acordo firmado na greve do ano passado, quando ficou definido 10% do PIB para a saúde pública e a anulação da reforma da previdência.
De acordo com o corrdenador à paralisação poderá prejudicar algumas aulas nessas instituições, mas que não envolverá os professores. As duas universidades contam com mais de 5 mil servidores técnicos-administrativos ativos e aposentados.
Fonte: Jornal De Fato

PREFEITURA DE UPANEMA: Festa de 60 anos de emancipação política de Upanema.

Agenda de shows:


Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Upanema

TURISMO DO RN: À espera de investimentos do Governo do Estado

O Rio Grande do Norte ocupa uma das últimas posições do ranking quando o assunto é investimento em infraestrutura turística do Nordeste. A resposta para o desempenho, segundo o Ministério do Turismo, pode estar na apresentação de projetos inconsistentes ou na falta de mobilização da bancada federal do estado, como reconhece o próprio coordenador da bancada, deputado federal João Maia (PR). Balanços divulgados nesta semana mostram exemplos de obras em atraso, outras que ficaram pelo caminho ou estão ameaçadas. 

Infraestrutura turística trava no RN

O Rio Grande do Norte segundo balanço divulgado esta semana pelo Ministério do Turismo (Mtur), aparece como o segundo do Nordeste em número de obras em execução (344), mas como o sexto em termos de investimentos (R$ 166,49 milhões). Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Maranhão lideram a captação de recursos do Mtur na região, que é a que recebe mais recursos do Turismo no país. 

O índice de atrasos nas obras realizadas em território potiguar também aparece no balanço. Pelo menos 22% das obras executadas com recursos do Ministério do Turismo estão atrasadas. O percentual salta para 56,25%, quando se analisa o status dos 16 projetos ‘mais caros’ executados com verbas do Mtur no Rio Grande do Norte. No país, o percentual de atraso não ultrapassa 30%.
Alex Fernandes
Praia de Pipa, no Rio Grande do Norte: projetos no litoral e também em Natal, que prometiam impulsionar o turismo, estão travados.Nove das 16 obras no estado – cujos recursos foram disponibilizados entre 2001 e 2011 - ou estão atrasadas, ou paralisadas ou ainda não foram iniciadas. O caso mais emblemático é o da construção dos acessos ao Aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Os terminais ficarão prontos em abril de 2014, mas as obras dos acessos ainda não iniciaram. Parte dos recursos para a construção dos acessos, segundo o Mtur, foram disponibilizados ainda em 2007. 

Emendas

Segundo o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo,  Fábio Mota, o desempenho do RN – em relação  ao volume de investimentos - pode estar ligado ao fato de o estado aprovar poucas emendas para o Turismo. “Oitenta e cinco porcento das obras do Ministério vem de emendas parlamentares. Quem tiver mais emendas aprovadas, recebe mais recursos”, explica Mota. Ele reconhece que muitos estados e municípios têm enfrentado dificuldades para elaborar projetos e apresentá-los no prazo e que, em razão disso, correm o risco de perder as verbas destinadas pelo Mtur. 

“Uma das maiores dificuldades de estados e municípios está justamente na elaboração dos projetos turísticos no prazo previsto. Muitas vezes, o que se vê, é o retorno desses recursos ao Ministério do Turismo”, acrescenta. Além de aumentar as chances do Rio Grande do Norte captar mais recursos, um programa que subsidia a elaboração de projetos executivos pode, na ótica de Mota, agilizar a execução das obras de infraestrutura turística no estado. 

Com o programa, o Mtur espera reduzir o tempo de conclusão de uma obra, estimado em cinco anos, em pelo menos 24 meses, e evitar a devolução dos recursos. 

Estados e Municípios têm até amanhã (26) para encaminhar pedidos de financiamento ao Ministério e pleitear verbas para elaborar projetos executivos, dentro desse programa. Ao todo serão disponibilizados R$ 18 milhões para todo o Brasil. 

O objetivo da ação, considerada inédita, é agilizar a execução de obras de infraestrutura turística em todo o país mediante a entrega de projetos mais consistentes. 


Recursos estão em risco, diz Bezerril
O atraso na execução de projetos pode levar o Rio Grande do Norte a perder os recursos do Prodetur - Programa de Desenvolvimento do Turismo – que promete dar um fôlego extra ao setor. O alerta foi feito por Fernando Bezerril, secretário municipal de Turismo, que viu o mesmo ocorrer com Natal. A cidade, segundo ele, foi obrigada a devolver 50 milhões de dólares por não conseguir executar as obras dentro do prazo, na gestão passada. 

O secretário estadual de Turismo, Renato Fernandes, admitiu  o atraso na execução do projeto – elaborado em 2011 - mas afastou o risco de suspensão das verbas. Segundo ele, o Prodetur teve que passar por uma série de alterações, “mas os projetos estão prontos”. A expectativa, segundo ele, é que as obras sejam licitadas dentro de três meses.

O secretário não divulgou a lista de obras executadas com recursos próprios do Estado nos últimos três anos, mas esclareceu que “não temos projetos ‘megalomaníacos’ em execução”. Nos últimos três anos, o valor investido pelo estado no Turismo passou de R$ 12,85 milhões para R$ 13,92 milhões, segundo balanço publicado no Diário Oficial do Estado.  

O montante é bem inferior ao aplicado pela iniciativa privada no Rio Grande do Norte. Só o consórcio Inframérica, que está construindo o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, investiu R$ 151 milhões na obra entre 2012 e 2013, segundo o último balanço divulgado pelo consórcio em maio – valor dez vezes superior.

O Município de Natal também tem enfrentado dificuldades para realizar os investimentos. Segundo levantamento realizado junto a Secretaria de Planejamento a pedido da TRIBUNA DO NORTE, pelo menos sete projetos voltados para o Turismo, e que somavam um investimento de pelo menos R$ 3,18 milhões, ficaram pelo meio do caminho. Outros cinco, no entanto, estão sendo executados pela Prefeitura. O investimento estimado é de R$19,41 milhões. “Morro de medo de devolver dinheiro. Nosso estado é carente em infraestrutura turística. Não podemos continuar atrasando as obras”, reconheceu Fernando Bezerril, secretário municipal de turismo. 

Para deputado, faltou empenho da bancada potiguar

O coordenador da bancada federal do Rio Grande do Norte, o deputado federal João Maia (PR), se mostrou surpreso com a declaração de que a destinação de menos recursos para o turismo do RN possa estar ligada ao número de emendas aprovadas. “Essa informação é uma surpresa para mim. Não acredito que faltem projetos. Talvez tenha faltado empenho nosso”. 

João Maia pretende agendar uma reunião com a bancada do RN para discutir esse assunto nos próximos dias. “Temos projetos consistentes. E nossa bancada tem muito prestígio. Falta talvez mobilizar os deputados e senadores do estado e arregaçar as mangas. Vou questionar que história é essa de recebermos menos recursos porque apresentamos poucas emendas”, disse.

O assunto foi tratado em reunião entre o presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Henrique Alves (PMDB) e empresários de diferentes segmentos do turismo na Federação do Comércio, Turismo, Bens e Serviços do Rio Grande do Norte, na última sexta-feira. 

O deputado convidará o ministro do Turismo, Gastão Vieira,  para retornar ao estado e encontrar-se com os empresários do setor afim de encontrar soluções para o turismo potiguar. “Essa é a atividade que mais gera empregos rápidos e em todos os seguimentos e classes sociais”, justificou.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte

MOSSORÓ: Atormentada com a bandidagem, população mossoroense se arma para a "guerra urbana"

A violência urbana que tomou conta das ruas de Mossoró tem feito a população se armar para se defender, mas a bandidagem não se intimida e continua assaltando e matando diariamente.

As pessoas, acuadas, passaram a se armar em busca de maior sensação de segurança. A atitude vai na contramão do Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2003, que prevê a regulamentação do registro, porte e comercialização de armas de fogo no país.
Um dos maiores problemas da forças policiais é a facilidade que as pessoas têm de adquirir uma arma de fogo, no mercado clandestino. O cidadão de bem ou o criminoso encontra muita facilidade para conseguir uma arma.
O grande número de apreensões de armas este ano em Mossoró, segundo dados da Polícia Militar, mostra o quanto é fácil adquirir uma arma. Até o momento, somente a PM já conseguiu tirar de circulação mais de 130 armas dos mais variados calibres.
Os dados foram repassados pelo tenente-coronel Alvibá Gomes Ferreira, comandante do 2° BPM. Em entrevista à imprensa, o comandante revelou que em 2011 foram retiradas das ruas 70 armas, em 2012 foram 182 e neste ano, faltando quatro meses para o final, já foram até aqui cerca de 130, totalizando 378 armas apreendidas.
O delegado Denys Carvalho da Ponte, titular da Delegacia Regional de Polícia Civil, explica que o desfecho de tantas armas nas ruas são as estatísticas dos homicídios. "A polícia está fazendo o seu papel, coibindo a criminalidade e retirando das ruas armas de fogo, no entanto o mercado negro oferece inúmeras vantagens para se adquirir uma arma e isso tem de ser combatido", destacou o delegado.
Ele alerta que mesmo um cidadão de bem que adquire uma arma de forma irregular está cometendo um crime e pode ser punido legalmente conforme estabelece o Artigo 12 da Lei do Código Penal Brasileiro. 
"Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa, poderá sofrer pena - detenção, de um a três anos de prisão, e multa",explicou o delegado.
"Não vejo vantagens em ter uma arma em casa, pode ser um perigo constante", diz delegado
O delegado José Vieira Castro diz não ver vantagens em um cidadão comum ter arma em casa. É que as pessoas só conseguem uma autorização, o que as obrigam manter o artefato dentro de casa.
Por isso, na opinião do delegado, a arma se transforma em mais uma fonte de risco para as famílias. Uma criança pode ter curiosidade e mexer; se furtada ou roubada vai "abastecer" o mundo do crime; além da falta de preparo em atirar.
"Os próprios policiais, que são preparados para atirar, muitas vezes não se dão bem ao combater o crime. 
Imagine um cidadão comum. Além disso, reagir a um assalto é sempre perigoso. A arma dá apenas uma falsa impressão de proteção. É por isso que não vejo vantagem alguma", afirma.
José Vieira explica ainda que no caso de uma pessoa portar uma arma sem autorização poderá ser presa por porte ilegal de arma. No caso de falta de registro, a pena é ainda maior, respondendo por posse ilegal.
Populares se armam para proteger família ou negócios
A reportagem do O Mossoroense teve acesso ao dia-a-dia de alguns homens que mantêm armas em casa ou no comércio para proteger a família ou os negócios. A reportagem destacou alguns casos e depoimentos dessa prática irregular e perigosa.
Com a intenção de proteger a si e a sua família, um trabalhador, de 56 anos, mantém uma espingarda calibre 36, em sua casa, no bairro Santo Antônio. Ele afirma que precisa da arma, já que vive distante do policiamento.
"Não sei se teria coragem de atirar em alguém, mas assustaria atirando para o alto. Eu preciso garantir a segurança minha e da minha família. Até a polícia chegar aqui, pode ser tarde demais", disse.
Outro comerciante, de 42 anos, disse que a posse de um revólver calibre 38 e escopeta 12 são lembranças de seu pai, que mantinha as armas no estabelecimento comercial para garantir a segurança.
"Meu pai era dono de um comércio e mantinha sempre as armas limpinhas e guardadas na loja. Quando ele morreu, elas ficaram para mim, que até hoje as conservo do mesmo jeito que ele deixou e as mantenho guardadas aqui no meu comércio."

Para o psicólogo João Valério Alves Neto, a busca por armas está intimamente ligada à sensação de insegurança da população. "As pessoas assistem a matérias sobre roubos e outros crimes todos os dias, escutam vizinhos falando da violência, então buscam uma maneira de se prevenir. Maneira essa ilegal e que pode causar traumas para o resto da vida na família", destacou.
Fonte: Jornal O Mossoroense

POLÍTICA DO ESTADO: Desastre de Rosalba não fortalece ninguém à sucessão ao governo

Pesquisa mostra que eleitor está sem perspectiva diante de catástrofe e mesmice de nomes para 2014
“Ali tudo foi, nada é. Não se conjugam verbos no presente. Tudo é pretérito”.” (Monteiro Lobato)
A pesquisa Band TV/Instituto Consult, divulgada sexta-feira (23 de agosto de 2012), com projeções ao Governo do Estado, Senado, avaliação da gestão Rosalba Ciarlini  (DEM) e outros ítens, criou uma atmosfera de ânimo e até forte entusiasmo entre militantes/admiradores da ex-governadora Wilma de Faria (PSB). Melhor dosar o chilique. Cabe moderação.
                      Wilma e Rosalba: frente e verso no pretérito (Foto: Blog Robson Pires)
Projetá-la como favorita, hoje, numa hipotética disputa ao Governo do Estado em outubro de 2014 (menos de um ano e meses meses do pleito), é extremamente precipitado. A leitura apurada dos números, sem passionalismo, expressa outra realidade.
Nas simulações feitas pelo Instituto Consult, Wilma ganharia de Garibaldi Filho (PMDB), Henrique Alves (PMDB), Carlos Eduardo Alves (PDT), Robinson Faria (PSD) e a própria Rosalba Ciarlini (o que não chega a ser qualquer mérito).
Mesmo assim, só cravou 30,41% de intenções de voto (veja postagem AQUI).
No cenário dos 1.700 entrevistados, 18,82% afirmaram que não votariam em nenhum dos candidatos e 14,41% ainda não decidiram o candidato para as eleições de 2014. Ou seja, a maioria, não quer Wilma ou qualquer um dos citados. Representam 33,23% dos ouvidos.
Quando era pré-candidata a governador, com o Governo Wilma de Faria bem menos desgastado que o seu, em agosto de 2009, Rosalba Ciarlini chegou a ostentar 40% de predileção do eleitor potiguar, em sondagem do Ibope, divulgada pela InterTV Cabugi. Números apresentados no dia 14 de agosto de 2009 (veja boxe abaixo).
Pesquisa Governo (Estimulada) Ibope/InterTV Cabugi, 14 de agosto de 2009:
Carlos Eduardo Alves (PDT) – 13%
Robinson Faria (PMN) – 11%
Iberê Ferreira de Souza (PSB) – 9%
João Maia (PR) – 8%
Rosalba Ciarlini (DEM) – 40%
Branco/Nulo – 14%
Não sabe/Não respondeu – 5%
A realidade de hoje, que se assemelha no aspecto temporal ao vivido por Rosalba, revela que a ex-governadora Wilma tem potencial bem inferior, sobretudo se for levado em conta que a governante de agora, Rosalba Ciarlini, está no incrível patamar de 83,45% de reprovação de  governo.
Na prática, Wilma não ocupa o vácuo decorrente da decepção ostensiva do povo potiguar em relação à “Rosa”.
Situação muito pior é a do vice-governador dissidente Robinson Faria (PSD), o único pré-candidato ativo à sucessão de Rosalba desde o final do ano de 2011, quando rompeu com o governismo.
Robinson agarrou-se a 7,06% na pesquisa Band TV/Instituto Consult. Desempenho irrisório.
“Retrovisor”
A queda livre de Rosalba não representou – proporcionalmente – a sua ascensão. E é pouco provável que consiga fôlego para enveredar por uma candidatura ao Governo do Estado em faixa própria, mesmo que a rejeição de Rosalba chegue a “101%”.
                       Robinson não aproveitou ocaso da "Rosa" (Portal No Ar)
O que a princípio os números mostram, é um campo aberto para alguma chapa alternativa, nomes que possam representar expectativa de real mudança. Wilma e Robinson, por exemplo, não possuem esse perfil ou espectro.
Há um quadro de decepção, que não é revelado apenas na performance chinfrim do Governo Rosalba. A contrariedade latente contamina outros nomes tradicionais, como a própria Wilma, Robinson e Garibaldi Filho.
A governadora está praticamente alijada da reeleição, porque não tem qualquer contato com a realidade externa, continua delirando na Governadoria e sem nada de concreto para representar uma virada de ânimo e avaliação popular. É um zumbi: morta-viva.
Mesmo assim, ninguém ocupou essa seara – o vácuo.
Wilma – e seus mais de 30 pontos percentuais – talvez seja muito mais um “fantasma” mantido vagando por aí, pela própria Rosalba, com seu discurso de “retrovisor”, do que uma real força eleitoral para 2014. A ex-governadora é uma das obsessões de Rosalba.
Monteiro Lobato
O fenômeno pode ser comparado, guardada as proporções, com o que aconteceu entre a então prefeita natalense Micarla de Sousa (PV) e Carlos Eduardo Alves (PDT), atual prefeito. A “Borboleta” de tanto espetar o couro do seu inimigo na encruzilhada de sua administração, como se praticasse um ritual vodu, terminou lhe dando de mão beijada a prefeitura.
Outras pesquisas e acontecimentos, com o passar dos meses, darão um retrato mais consistente do que  nos aguarda para a campanha de 2014. Por enquanto, o que existe de concreto é o desmoronamento do Estado.
Cabe recorrermos a Monteiro Lobato, célebre escritor e cronista brasileiro, que no início do século passado publicou o livro “Cidades Mortas”. Retratava a realidade do interior paulista antes e depois do ciclo do café. Parecia falar do Rio Grande Sem Sorte de ontem e hoje:
- “Ali tudo foi, nada é. Não se conjugam verbos no presente. Tudo é pretérito”.
O cronista-escritor, que viria a se tornar um fenômeno da literatura desse país, constatava àquele tempo que o Brasil de duas épocas tinha os mesmos problemas, como políticos sem a menor preocupação social.
Fonte: Blog do Carlos Santos

MENSAGEM DO DIA

“Hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar”
Martha Medeiros

POLÍTICA DO ESTADO: Senador Garibaldi Alves não vai ceder à pressão de aliados

Garibaldi reconhece desejo de correligionários, mas não vai ser candidato ao Governo

"Eu peço perdão aos meus correligionários, mas não serei candidato ao Governo do Estado". A declaração foi concedida pelo ministro da Previdência Social, senador licenciado Garibaldi Alves Filho, ao ser entrevistado pela Rádio Cabugi do Seridó.

O ministro justificou o seu posicionamento contrário aos apelos que estão sendo feitos por seus correligionários e aliados políticos, argumentando que, em duas oportunidades, foi chefe do Poder Executivo norte-rio-grandense. Segundo ele, sua contribuição como governante já foi dada.
Ministro, existe algum fundamento na informação a respeito da realização de uma pesquisa de opinião pública que norteará o início das articulações do PMDB visando as eleições de 2014?

Garibaldi Filho - Tem algum fundamento, sim, mas isso é um desejo nosso de contarmos com a pesquisa principalmente agora quando nós tivemos as manifestações. O povo foi às ruas e disse da sua insatisfação, então, nos temos que apurar agora em pesquisa, já que as manifestações têm um caráter muito difuso. São legítimas, claro, mas nós temos que apurar em pesquisa agora como estão as coisas.

O senhor teve 1,150 milhão de votos para o Senado, uma das maiores votações do Brasil para o Senado. Isso não obriga diante do apelo popular disputar o Governo do RN?

Garibaldi Filho - Não obriga, apesar de que a votação que tive foi realmente consagradora e até me daria algumas condições de disputar o Governo, mas, veja bem, a política é muito dinâmica, o que aconteceu na eleição passada, não quer dizer que se constitua uma realidade de hoje. O fato de eu não querer ser candidato é que eu acho que como governador já realmente dei tudo de mim durante dois mandatos e agora eu acho que não é a minha vez, eu reconheço que não é mais chegada a minha hora, peço até perdão aos correligionários que por reiteradas vezes no sentido de me convocar, mas eu dessa vez não disputarei.

O senhor diz que o seu filho, o deputado estadual Walter Alves, é jovem para disputar o Governo, mas empresários e políticos defendem o nome de Walter. Diante desses apelos, o senhor admite mudar de opinião e defender o nome do deputado Walter para disputar o Governo do RN?

Garibaldi Filho - Eu acho cedo realmente e acho que o momento é um momento muito difícil, isso nós vamos ver tanto na campanha, se o candidato for vitorioso vai ser também no governo. Eu preferia e prefiro, que meu filho seja poupado disso, ele tem muito espírito público, ficou muito lisonjeado durante esses dias que o nome dele foi lembrado, ele me disse isso, e também disse isso em público, eu também fiquei muito lisonjeado, eu realmente acredito que nós possamos chegar a outra candidatura.

Fonte: Jornal Gazeta do Oeste

MOSSORÓ: 4º SEMINÁRIO LER PARA SABER MAIS


FICHA DE INSCRIÇÃO 4º. SEMINÁRIO LER PARA SABER MAIS

O 4º Seminário Ler para Saber Mais tem a proposta de suscitar discussões acerca de temas voltados para a educação, leitura, formação de professores e promover a integração entre os profissionais de diversas áreas 
através de palestras e apresentação de resultados das escolas que participam do programa de leitura Ler para Saber Mais em 2013.

Este ano, o tema gerador do seminário é “A leitura como instrumento de transformação – Deixe sua alma viajar no encanto da leitura”, cujo objetivo é promover o debate sobre como a leitura pode ser um importante instrumento de transformação do mundo e das pessoas, contribuindo para uma sociedade 
mais democrática, como pregou o maior educador brasileiro, o professor Paulo Freire.

O seminário é uma promoção do programa de leitura Ler para Saber Mais, por meio do jornal Gazeta do Oeste, e com apoio da Livraria Paulinas, que vê na educação uma maneira de formar cidadãos críticos e capazes de ler para além das linhas do jornal.

Durante o dia, serão discutidos os seguintes temas: “Educação: o despertar da alma humana”, com o cantor, compositor, psicanalista e escritor Jorge Trevisol (RS), e “Literatura entre crianças e jovens: a grande 
aventura do saber”, com a professora doutora Eliana Yunes (PUC-Rio).

Data: 9 de outubro de 2013

Local: Hotel VillaOeste – Mossoró-RN

Horário: 8h

PROGRAMAÇÃO

7h30 – Credenciamento

8h - Abertura dos trabalhos

Apresentação do programa Ler para Saber Mais e resultados práticos nas escolas.

9h40 – Intervalo

10h – Conferência 1: Literatura entre crianças e jovens: a grande aventura do saber, com Eliana Yunes

Debate

12h – Encerramento da manhã

13h30 – Conferência 2: Educação: o despertar da alma humana, com Jorge Trevisol

17h30 – Encerramento

CONFERENCISTAS: Jorge Trevisol

Jorge Trevisol é formado em filosofia, teologia e psicologia. Tem mestrados em psicologia e em espiritualidade ela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma - Itália. É doutor em Educação pela PUC de Porto Alegre. É psicoterapeuta, palestrante, escritor, cantor e compositor. Escreveu Amor, mística e angústia (Paulinas, 2000); O reencantamento humano (Paulinas, 2003); Educação Transpessoal (Paulinas, 2008); O despertar da Atenção (Maneco Editora, 2006) e Segredos da Interioridade (Maneco Editora, 2008). Tem três CDs gravados pela Paulinas e um outro independente, com temas ligados à psicologia do profundo e espiritualidade e à visão transpessoal da vida. Professor da Universidade Internacional da Paz na área de Educação e Consciência. Coordenador da pós-graduação em Psicologia Transpessoal na
Faculdade Fisul de Garibaldi – RS.

Eliana Yunes Possui graduação em Filosofia e Letras pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira (1971), mestrado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1974) e doutorado em Linguística pela Universidade de Málaga (1976), em Literatura pela Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro (1986), com pós-doutorado em Leitura pela Universidade de Colônia (1991). Atualmente é professora associada da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e professora visitante em diversas universidades brasileiras e do exterior. Tem experiência na área de educação, politicas públicas, administração cultural e teologia, atuando principalmente na linha de formação de leitores em perspectiva interdisciplinar. Criou para a Biblioteca Nacional o Programa Nacional de leitura (Proler), é
assessora do Cerlalc/Unesco e comparte a direção da Cátedra Unesco de Leitura no Brasil.

FICHA DE INSCRIÇÃO

(preencha esta ficha e envie-a para o e-mail lerparasabermais@hotmail.com para que possamos gerar o boleto)

Nome

Endereço completo (com CEP)

Telefone

CPF

RG

Escola

Profissão

E-mail

Profissão

Valor da inscrição: R$ 30,00 até o dia 20 de setembro e R$ 40,00 até o dia 8 de outubro

Fonte: Jornal Gazeta do Oeste

MOSSORÓ: Família despejada ainda continua na rua

A família de seu Sebastião Raimundo Lopes, de 49 anos, continua morando de maneira desumana, no meio da rua, embaixo de um pé de juazeiro, no bairro Quixabeirinha.

Ele e a sua esposa, dona Antônia Elizete Dantas, de 49 anos, conhecida na comunidade como “Zeta”, foram despejados depois de uma ação de despejo, expedida pela 5ª Vara Cível de Mossoró. É que o terreno da casa onde eles moravam pertencia a imobiliária Gilmário Imóveis. Como a ação pedia a reintegração de posse, a família foi obrigada a sair da casa, tendo, como única alternativa, morar na rua, onde divide o mesmo espaço com animais.

A família conta que tem passado por diversas necessidades. A água, energia e alimentos são doados por vizinhos e amigos, que se comovem com a situação deprimente da família. Dona Elizete é faxineira, mas, como está morando na rua, teve que suspender as atividades, assim como seu Sebastião, que é carroceiro, teve que deixar de trabalhar.

Eles contam que moravam na casa há mais de dez anos e que se surpreenderam com a decisão de ter que sair, no prazo de 24 horas, da casa onde moravam. Não tendo para onde ir, a família, composta por oito pessoas, sendo quatro adultos e quatro crianças, mora numa lona, embaixo de um pé de juazeiro há 20 dias. As crianças foram para a casa dos tios, ficou somente dona Elizeta e seu Sebastião no local.

Segundo eles, as crianças podem voltar a morar embaixo da lona, onde ficaram por alguns dias, assim que a família foi despejada, já que o filho de dona Elizeta, onde as crianças estão morando, está desempregado e sem condições de pagar o aluguel da casa. “Se completar um mês, as crianças voltam a morar debaixo da lona, com a gente”, lamenta dona Elizeta.

Dona Elizeta ainda conta que vive com medo de chover e a chuva destruir a lona. “Já perdi boa parte dos meus móveis quando eles [os móveis] foram jogados na rua”, diz a dona de casa.

No local, há animais - cavalos, cachorros – que dividem o local com os despejados. Além do mau cheiro, mosquito, falta de alimentação, água e energia adequadas, a família vive um drama diário de ter que estar separada do convívio das crianças. “O que eu quero é a minha casa de volta ou um local adequado para morar”, diz seu Sebastião.

A família foi chamada para ir, provisoriamente, para a Casa de Passagem, onde ficaria até que o caso fosse resolvido na Justiça, mas se recusou. “Tudo que eu quero é uma casa”, insiste seu Sebastião.

Caso parecia resolvido

Dona Elizeta mostra um documento, assinado pela Prefeitura Municipal de Mossoró, datado de 23 de setembro de 2009. O documento mostra que a casa que dona Elizeta morava e que foi vítima de um despejo foi construída pelo Executivo municipal e entregue à família dela. O documento diz que a família não pode vender, trocar ou alugar a casa, sob o risco do imóvel ser tomado pela Prefeitura. É algo que intriga a família, já que o documento considera que já houve um processo de regularização, entretanto isso não aconteceu.

Famílias temem despejo
Famílias que moram no local temem que o mesmo aconteça com elas. É o caso de dona Socorro, vendedora ambulante, que mora em uma casa que pode estar dentro do terreno do empresário há mais de cinco anos. “Peço que não façam comigo o que fizeram com ela [Elizeta]”, diz.

A moradora, de 48 anos, ainda conta que as demais famílias que vivem no terreno têm o mesmo temor que ela – de ser despejada a qualquer momento, de forma desumana, como foi o caso da família de seu Sebastião. “Comprei essa casa, reformei, nem terminei de pagar ainda e ainda posso ser despejada?”, diz dona Socorro, que mora com dois filhos na casa. “Se nós formos despejados, iremos para a rua”, desespera-se. 

Mais 40 famílias podem ser despejadas

Sensibilizado com a situação da família de seu Sebastião e dona Elizeta, o advogado Sebastião Dutra decidiu, gratuitamente, entrar no caso em favor da família. Ele conta que mais 40 famílias podem ser despejadas da área que compreende o terreno que pertence à imobiliária de Gilmário Imóveis, no bairro Quixabeirinha, que, segundo estima-se, pode equivaler a 98 campos de futebol.

Ele ainda conta que tenta na Justiça anular a sentença, já que a família morava há mais de dez anos no terreno. Devido estar há mais de uma década no local, a família poderia ser beneficiada com o usucapião – onde o cidadão adquire por possuir coisa móvel ou imóvel como se fosse sua, decorrente do uso por determinado tempo, sem contestação e de maneira contínua. 

Advogado diz que toda ajuda é válida

O advogado que se dispôs a ajudar a família, Abraão Dutra, pediu a ajuda de toda a sociedade em prol da família de Seu Sebastião e dona Elizeta, que vem passando por todo tipo de necessidade, e das demais que podem ser despejadas.

Ele diz que as igrejas, a OAB, a Defensoria Pública e a sociedade em geral podem ajudar as famílias, seja prestando uma assessoria ou com medidas assistencialistas. “Toda ajuda em prol daquelas famílias é válida”, diz o advogado, que tem mantido diálogo frequente com as famílias.

A reportagem da GAZETA DO OESTE tentou entrar em contato com a advogada do empresário da imobiliária Gilmário Imóveis, Lígia de Oliveira Duarte, mas não obteve êxito até o fechamento desta edição.

Fonte: Jornal Gazeta do Oeste

CIDADES DO ESTADO: Bacia Leiteira fortalece economia em Apodi

Indústria de laticínios em Apodi conta com modernos equipamentos

Criada em 2007, a Indústria de Laticínios de Apodi tem fortalecido a pecuária leiteira do município e região. Diariamente são beneficiados aproximadamente 15 mil litros de leite, sendo 700 de cabra e 14.300 de vaca.

Para a produção é mantido um cadastro de 300 produtores rurais que fornecem o leite para ser beneficiado em sua unidade industrial no bairro Peque, em Apodi.

Todo o leite beneficiado pela indústria  é comercializado junto ao Governo do Estado, via Programa do Leite, que chega às famílias carentes de Mossoró, Apodi, Areia Branca, Caraúbas, Severiano Melo, Rodolfo Fernandes, Felipe Guerra, Itaú e vários outros municípios do médio Oeste.

Segundo o empresário Dalton Barbosa Cunha Filho, o leite faz parte do desenvolvimento econômico e social de Apodi e região. "Incentivar a produção e, principalmente, o consumo deste alimento tão nutritivo, tem sido compromisso do Governo do Estado", destacou Dalton Filho.

Ainda de acordo com Dalton Filho, a Chapada e Vale do Apodi tem tido presença forte na produção de leite do Rio Grande do Norte e o setor pode evoluir ainda mais. "Apodi hoje conta com uma das maiores bacias leiteiras do território potiguar", disse o empresário.

Dados da Embrapa Gado de Leite mostram que o Brasil é o sexto maior produtor de leite do mundo e cresce a uma taxa anual de 4%, superior a de todos os países que ocupam os primeiros lugares.

O Brasil responde por 66% do volume total de leite produzido nos países que compõem o Mercosul. 

Pelo faturamento de alguns produtos da indústria brasileira de alimentos na última década, pode-se avaliar a importância relativa do produto lácteo no contexto do agronegócio nacional, registrando 248% de aumento contra 78% de todos os segmentos.

O leite está entre os seis primeiros produtos mais importantes da agropecuária brasileira, ficando à frente de produtos tradicionais como café beneficiado e arroz.

O Agronegócio do leite e seus derivados desempenha um papel relevante no suprimento de alimentos e na geração de emprego e renda para a população. Para cada real de aumento na produção no sistema agroindustrial do leite, há um crescimento de, aproximadamente, cinco reais no aumento do Produto Interno Bruto (PIB), o que coloca o agronegócio do leite à frente de setores importantes como o da siderurgia e o da indústria têxtil.

Acrescentando-se a importância nutritiva do leite como alimento, estaremos diante de um dos produtos mais importantes da agropecuária brasileira. O leite é rico em uma grande quantidade de nutrientes essenciais ao crescimento e à manutenção de uma vida saudável.

Além disso, a indústria de laticínios tem potencializado o valor nutritivo do produto. Existe no mercado uma série de bebidas lácteas enriquecidas com vitaminas, minerais e ômegas, assim como leites especiais para as pessoas que não conseguem digerir a lactose.

Para Dalton Filho, a produção de leite tem perspectiva de continuar a crescer nos próximos anos. O mercado potiguar tem um potencial, como poucos. "O agronegócio do leite ocupa posição de destaque na economia, sendo grandes as expectativas, nesta década, de continuarmos o crescimento da produção e da produtividade, com índices maiores do que aqueles que têm sido alcançados em anos recentes", comentou o empresário.

Um dos pontos que trouxeram melhorias, foi a chuva nos últimos meses na região. Criadores de gado ficaram animados com o pasto e a produção foi retomada com sucesso.

Fonte: Jornal Gazeta do Oeste