RICARDO
MENDONÇA
DE SÃO
PAULO
Apesar da queda de popularidade, a presidente Dilma
Rousseff continua sendo a favorita para vencer a eleição presidencial do ano
que vem.
No cenário mais provável da disputa, Dilma teria
51% das intenções totais de voto, segundo pesquisa Datafolha finalizada
sexta-feira com 3.758 entrevistas.
São sete pontos a menos que o verificado no
levantamento anterior, de março. Mas ainda assim é o suficiente para liquidar a
eleição já no primeiro turno.
Em segundo lugar, com os mesmos 16% da última
pesquisa, aparece a ex-senadora Marina Silva, atualmente engajada na criação de
um novo partido político, a Rede Sustentabilidade.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi o único que
cresceu em relação ao levantamento de março. Ele tem agora 14% das intenções de
voto, quatro pontos a mais que na pesquisa anterior.
Aécio está tecnicamente empatado com Marina, já que
a margem de erro do levantamento é de dois pontos.
Recém-eleito presidente do partido, o pré-candidato
tucano foi beneficiado pela exposição intensiva de sua imagem na série recente
de propagandas do PSDB no rádio e na televisão.
Nessas oportunidades,
Aécio criticou o governo com muita ênfase na inflação, objeto de crescente
preocupação da população, conforme a mesma pesquisa.
Em quarto lugar na pesquisa, com 6% das intenções
de voto, aparece o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O índice é
mesmo obtido por ele no último levantamento.
RECORTES
O melhor desempenho de Dilma ocorre na região
Nordeste do país, onde a presidente alcança 59% das intenções de voto.
O Nordeste é também a única região do país em que
Campos obtém índice de dois dígitos na pesquisa, 12%.
Entre todos os recortes por renda, idade e
escolaridade, o pior desempenho de Dilma está entre os eleitores que declaram
ter ensino superior.
Se a disputa fosse feita só nesse grupo, a eleição
seria bem mais apertada. Dilma continuaria vencendo, mas com 34%; Marina
ficaria com 29%; Aécio, com 19%.
O Datafolha também fez simulações da disputa com os
nomes do ex-presidente Lula e do atual presidente do Supremo Tribunal Federal,
Joaquim Barbosa.
Lula, que sempre afirma não ter intenção de
disputar em 2014, alcançaria mais votos que Dilma: 55%, em seu melhor cenário.
Já Barbosa, popular por ter presidido o julgamento
do mensalão, teria 8%.
A pesquisa espontânea dá pistas sobre o grau de
interesse dos eleitores a 1 ano e 4 meses do pleito. Quando o entrevistador
pergunta pelo candidato preferido sem apresentar nomes de eventuais
concorrentes, 50% dos eleitores dizem que ainda não sabem em quem votar.
Nesse tipo de apuração, Dilma é citada por 27% dos
eleitores (eram 35% em março); Lula é mencionado por 6%; Aécio, por 4%.
Fonte: Folha de São
Paulo
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