O ministro da Previdência Social, senador licenciado Garibaldi Alves
Filho, voltou a criticar a administração Rosalba Ciarlini (DEM). Ao
participar dos festejos de Santana em Caicó, o peemedebista foi
entrevistado pelo jornalista Marcos Dantas e disse entender que a
administração do Democratas encontra-se em declínio.
Um dos pontos levantados pelo ministro diz respeito ao estilo
centralizador com que a gestão estadual é tratada. Garibaldi Alves Filho
lembra que lideranças importantes que fazem parte da base de
sustentação política da chefe do Poder Executivo do Rio Grande do Norte
não são escutadas e ocupam espaço na gestão do DEM.
Durante a entrevista o ministro da Previdência Social, senador
licenciado Garibaldi Alves Filho, deixou transparecer que, para o PMDB e
suas principais lideranças estaduais ajudarem a administração Rosalba
Ciarlini não era necessário estar integrando a base de seu governo, ou
mesmo ocupando cargos na esfera estadual. Mas, mesmo assim, o
peemedebista disse respeitar a decisão do presidente estadual de seu
partido, deputado Henrique Alves, de ainda se manter na base do governo
do DEM.
"Henrique sentiu-se no dever de ajudar o governo Rosalba Ciarlini.
Poderia até ajudar, pois, por exemplo, a presidenta Dilma está ajudando a
governadora que é do DEM. O deputado federal Henrique Eduardo Alves e o
próprio partido poderiam, mesmo que o PMDB rompesse com a
administração, continuarem ajudando o Governo. Agora, o deputado
Henrique que é o presidente do PMDB considerou que seria mais fácil
ajudar, dentro da aliança do Governo e não deixando", explicou.
Ele também fez questão de colocar de forma muito clara que não
possui qualquer vinculação com a gestão do Democratas. Quanto a presença
do professor Luiz Eduardo Carneiro na equipe de auxiliares do primeiro
escalão governista, o senador licenciado Garibaldi Alves Filho colocou
que isso não implica em afirmar que faz parte do governo rosalbista.
"Eu acho que o Governo Rosalba Ciarlini continua vivendo um momento
muito difícil, uma fase, eu diria, declinante. Mas, ainda falta tempo,
alguns acreditam que ela possa se recuperar. Eu hoje não tenho nenhuma
intimidade com a máquina administrativa, a despeito do secretário Luiz
Eduardo Carneiro (Sethas) ser ligado a mim, mas eu não tenho uma visão
de conjunto para dizer. Eu acredito que ela possa ser recuperar, não é
fácil", raciocinou o senador licenciado Garibaldi Alves Filho.
Ele também fez questão de mencionar o exemplo do Conselho Político,
formado no início do ano passado.
O colegiado contou com a participação
de presidentes do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, Partido
da República, Democratas e Partido da Mobilização Nacional, agremiações
que integram a base de sustentação política do governismo
norte-rio-grandense, mas que nunca passou de algumas poucas reuniões.
"Foi criado um conselho político que morreu no nascedouro. Foi um
parto prematuro e que logo esse conselho desapareceu, e que seria a
oportunidade dos presidentes dos partidos e de determinados líderes
puderem influir melhor nas decisões governamentais", afirma.
Garibaldi Alves Filho disse acreditar que a falta de uma maior
abertura, aliada principalmente ao fato de que os membros do colegiado
são pessoas muito ocupadas, e hoje ainda são ainda mais ocupados em
função do plano federal também contribuiu para o fim do Conselho
Político. "Também não podemos esconder que o governo não mostrou-se
muito empenhado em ouvir e é muito difícil você aconselhar de fora",
constatou o ministro.
CANDIDATURA
O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, admitiu
também que tem crescido substancialmente, por onde anda nas regiões do
Estado o apelo para que o PMDB rompa com a base de sustentação política
do Governo do Rio Grande do Norte.
"Tem muita gente pregando isso e tenha certeza que não estão
pregando no deserto. Apenas, segundo o presidente Henrique, não chegou
ainda a hora de se reunir. Não é uma decisão que será fácil, pois há pró
e contras e há muita gente inconformada com os rumos adotados pelo
governo", revela.
Quanto a uma eventual tentativa de retornar ao comando do Palácio
Potengi, o auxiliar da presidente da República, Dilma Rousseff, disse ao
jornalista caicoense Marcos Dantas que não tem intenção de colocar seu
nome como opção para a disputa de nenhum cargo no próximo ano.
Ao ser questionado se o seu comportamento frustraria as expectativas
de seus aliados, que vinham no seu nome uma chance do PMDB vencer o
governo, Garibaldi Filho disse falar com o coração. "Eu analisei isso e
resolvi ser muito sincero, desde o início do processo porque o pior é
você alimentar a expectativa, e se eu alimento isso e de última hora
resolva atender a um sentimento meu, de que realmente já fui governador
duas vezes e não puder atender as expectativas, o melhor é dizer logo",
explicou.
Ele chegou a pedir perdão a quem vem defendendo sua candidatura ao
Governo, mas resolveu ouvir a voz do coração. "Peço perdão as pessoas
que acreditam que eu possa vir a ser um governador, mas não contem
comigo dessa vez pra isso. Contem comigo no palanque, com a minha
presença, com o que eu puder dar a luta pelo partido ou coligação, em
favor do Estado. Os políticos são conhecidos às vezes por terem uma
atitude cautelosa, antes do processo iniciar. Eles não sabem bem o que
as pesquisas dirão, aí ficam esperando pelas pesquisas. No meu caso eu
já estou adiantando uma coisa que eu estou sendo muito fiel as pessoas
que confiam em mim", finalizou o peemedebista.
Fonte: Jornal Gazeta do Oeste
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