As centrais sindicais, organizações políticas de esquerda, movimentos sociais, pastorais, estudantis, entre outros setores de todo o Brasil se unem nesta sexta-feira, 30, para protestar no Dia Nacional de Mobilização e Paralisação.
Em Mossoró, a mobilização ‘Grito da Saúde’ vai se concentrar em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Belo Horizonte, a partir das 7h30.
Amanhã, os participantes ainda vão caminhar pelas ruas do bairro, onde deveria estar funcionando a unidade de saúde - o prédio foi inaugurado no final de dezembro do ano passado, mesmo ainda faltando objetos, equipamentos e finalização das obras – porém, não há previsão para que entre em funcionamento.
O Dia Nacional de Mobilização e Paralisação luta pelo fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 semanais sem diminuição dos salários e combate ao Projeto de Lei 4330 da terceirização, reforma agrária, protagonismo de classe, aprovação do Plano Nacional de Educação, entre outras causas.
O protesto faz parte da programação do Grito dos Excluídos, realizado nacionalmente no dia 7 de setembro de todos os anos. ‘Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular’ é o tema deste ano da mobilização, que completa 19 anos.
“São quase 20 anos de luta e mobilização popular, um espaço para a democracia participativa, de entidades e pessoas que querem que o Estado esteja a serviço da população brasileira, exercendo uma cidadania ativa, decidindo os rumos do país”, comentou Carlos Antonio da Silva, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Mossoró (SECOM) e um dos organizadores do Grito dos Excluídos.
Hoje à noite, por volta das 18h, tem início um debate sobre a programação para o dia 7 na sede do Secom, como também sobre as ações a serem desenvolvidas no protesto de amanhã. Na segunda-feira, 2, haverá mais um encontro para discutir, novamente, sobre o dia 7 de setembro.
O Projeto de Lei 4330/2004 prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade de determinada empresa, sem estabelecer limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização.
Carlos Antonio destaca que o Projeto de Lei 4330 só trará prejuízos para a classe trabalhadora. “Nós queremos mudanças para melhorar a vida dos brasileiros, garantir seus direitos, e não para piorar, prejudicar os trabalhadores”, comentou.
PARTICIPAÇÃO
Diversas entidades já confirmaram participação no ato de amanhã, entre elas, as categorias representadas pelo Sindicato dos Servidores da Administração Indireta do Rio Grande do Norte (SINAI/RN).
Hermes Oliveira, diretor regional do Sinai, informa que servidores do Departamento Estadual de Trânsito do RN (DETRAN/RN) e Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN (EMATER/RN) também vão paralisar as atividades. “Os trabalhadores da Emater vão apoiar. Também está programada uma greve de cinco dias, entre 2 e 6 de setembro por melhores condições de trabalho, estrutura e implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários”, acrescentou.
Servidores da Fundação Estadual da Criança e do Adolescente (FUNDAC) também devem participar do movimento de amanhã e também parar pelos cinco dias na próxima semana.
A pauta comum a todas as categorias da base do Sinai aborda avaliação da campanha salarial, falta de negociação por parte do Governo do Estado e cumprimento de propostas feitas anteriormente quando as categorias estavam em greve.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (SINTE/RN) fará uma assembléia extraordinária às 8hs na sua sede. Esta atividade faz parte da programação do Dia Nacional de Mobilização e Paralisação. Na pauta constam informes sobre a audiência com o Governo do Estado e a proposta que foi apresentada aos trabalhadores.
Fonte: Jornal Gazeta Oeste
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