quarta-feira, 21 de agosto de 2013

MOSSORÓ: Médicos do Hospital Regional Tarcísio Maia pedem socorro

Fixina relata que insatisfação é generalizada

Endoscópio quebrado, falta de medicamentos suficientes para suprir a demanda, ausência de leitos e Unidades de Terapia Intensivas (UTI), falta de profissionais nos laboratórios e pequeno número de auxiliares de enfermagem são só algumas das muitas reclamações que as categorias que trabalham no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em especial a classe médica, têm feito.

Segundo o delegado sindical da Federação Nacional dos Médicos do Rio Grande do Norte (FENAM/RN), em Mossoró, Ronaldo Fixina, a situação de quem trabalha no maior hospital de urgência e emergência da região Oeste do Rio Grande do Norte é desesperadora.

Ele chega a listar uma série de itens básicos que estão constantemente em falta e dificultam o atendimento à população.

Segundo o médico, que trabalha no hospital há anos e acompanha quase que diariamente os casos de urgência e emergência do HRTM, o endoscópio, aparelho usado para observar o interior do corpo humano, está quebrado há três meses. A situação é desesperadora, já que o HRTM é o único hospital
do Estado que realiza procedimentos com endoscopia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em toda região Oeste. "Hoje (ontem) teve um caso em que o paciente teve que ser transferido para Natal, por falta do aparelho de endoscopia", lamenta o médico Fixina.

Além da endoscopia, o aparelho de ultrassonografia também está quebrado há mais de dois meses. "Isso (a falta de manutenção dos aparelhos) desmotiva toda a classe médica", relata Fixina.

O médico ainda conta que ontem havia, nos corredores do hospital, uma pessoa à espera de UTI e 4 pessoas à espera de leitos no hospital, mas não havia leitos nem UTIs disponíveis. Ele conta que a falta de UTI, leitos e macas são recorrentes no ambiente. "E ainda faltam medicamentos simples, como antibióticos, quase que constantemente", diz.

Ele ainda diz que o problema da falta de abastecimento e de manutenção em equipamentos essenciais têm se agravado nos últimos meses. "Estes problemas estão se agravando pela falta de reposição de material. Hoje, os materiais estão escassos", conta. "Haviam três aparelhos de anestesia e um quebrou. Infelizmente, ainda não foi consertado. Isso dificulta a vida dos pacientes e o atendimento", desabafa.

Um dos medicamentos que estava em falta, ontem, no HRTM era Etomidato, usado para indução e suplementação de anestesias.
Desesperado, o médico Ronaldo Fixina chega a cobrar atitudes do Governo do Estado e critica as prioridades da atual gestão estadual. "Dinheiro para publicidade tem, mas para saúde não", dispara.

Ele ainda relata que não sabe como proceder. Os médicos, muitas vezes, são "vitrines" dos pacientes, que acabam desabafando e colocando a culpa na categoria. "A culpa é do Governo do Estado, que não dá condições para os médicos trabalharem", diz o médico sindicalista.

Delegado do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (SINMED-RN), em Mossoró, Rodrigo Jales é ortopedista e trabalha há muito tempo no HRTM. Ele chega a relatar, de forma desesperada, que falta até mesmo gel, algo essencial, para aplicar uma injeção. "O prejuízo para a população é muito forte", completa.

Segundo os dois líderes sindicais, a insatisfação é generalizada em todas as categorias que trabalham no hospital. Enfermeiros, médicos, bioquímicos, auxiliares e enfermeiros enfrentam dificuldades constantes para poderem trabalhar de forma satisfatória. A insatisfação é tanta que cerca de 100 médicos em Mossoró podem deflagrar greve no final deste mês. "É tudo em conseqüência da maneira como a classe médica tem sido tratada pelo governo estadual", diz Fixina. "A falta de material necessário acarreta o retardo do atendimento e, consequentemente, a complicação do caso dos pacientes", lamenta.

Além da falta de material necessário para trabalhar, os médicos ainda reclamam da falta de material humano. Segundo o médico Ronaldo Fixina, há apenas dois auxiliares de enfermagem, quando deveriam ser três em cada sala. Ele ainda diz que o pequeno número de bioquímicos no hospital faz com que haja uma demora na realização e entrega de exames. Reclamações também ratificadas pelo médico Thiago Abrantes, que lamenta a falta de material para que os médicos e demais profissionais atendam bem a população.

span>Além da endoscopia, o aparelho de ultrassonografia também está quebrado há mais de dois meses. “Isso (a falta de manutenção dos aparelhos) desmotiva toda a classe médica”, relata Fixina.

O médico ainda conta que ontem havia, nos corredores do hospital, uma pessoa à espera de UTI e 4 pessoas à espera de leitos no hospital, mas não havia leitos nem UTIs disponíveis. Ele conta que a falta de UTI, leitos e macas são recorrentes no ambiente. “E ainda faltam medicamentos simples, como antibióticos, quase que constantemente”, diz.

Ele ainda diz que o problema da falta de abastecimento e de manutenção em equipamentos essenciais têm se agravado nos últimos meses. “Estes problemas estão se agravando pela falta de reposição de material. Hoje, os materiais estão escassos”, conta. “Haviam três aparelhos de anestesia e um quebrou. Infelizmente, ainda não foi consertado. Isso dificulta a vida dos pacientes e o atendimento”, desabafa.

Um dos medicamentos que estava em falta, ontem, no HRTM era Etomidato, usado para indução e suplementação de anestesias.

Desesperado, o médico Ronaldo Fixina chega a cobrar atitudes do Governo do Estado e critica as prioridades da atual gestão estadual. “Dinheiro para publicidade tem, mas para saúde não”, dispara.

Ele ainda relata que não sabe como proceder. Os médicos, muitas vezes, são “vitrines” dos pacientes, que acabam desabafando e colocando a culpa na categoria. “A culpa é do Governo do Estado, que não dá condições para os médicos trabalharem”, diz o médico sindicalista.

Delegado do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (SINMED-RN), em Mossoró, Rodrigo Jales é ortopedista e trabalha há muito tempo no HRTM. Ele chega a relatar, de forma desesperada, que falta até mesmo gel, algo essencial, para aplicar uma injeção. “O prejuízo para a população é muito forte”, completa.

Segundo os dois líderes sindicais, a insatisfação é generalizada em todas as categorias que trabalham no hospital. Enfermeiros, médicos, bioquímicos, auxiliares e enfermeiros enfrentam dificuldades constantes para poderem trabalhar de forma satisfatória. A insatisfação é tanta que cerca de 100 médicos em Mossoró podem deflagrar greve no final deste mês. “É tudo em conseqüência da maneira como a classe médica tem sido tratada pelo governo estadual”, diz Fixina. “A falta de material necessário acarreta o retardo do atendimento e, consequentemente, a complicação do caso dos pacientes”, lamenta.

Além da falta de material necessário para trabalhar, os médicos ainda reclamam da falta de material humano. Segundo o médico Ronaldo Fixina, há apenas dois auxiliares de enfermagem, quando deveriam ser três em cada sala. Ele ainda diz que o pequeno número de bioquímicos no hospital faz com que haja uma demora na realização e entrega de exames. Reclamações também ratificadas pelo médico Thiago Abrantes, que lamenta a falta de material para que os médicos e demais profissionais atendam bem a população.

PONTO ELETRÔNICO NÃO É PROBLEMA

O médico Ronaldo Fixina ainda revela que o discurso do Governo do Estado de que os médicos são contrários à implantação do ponto eletrônico é uma farsa.

Ele diz que é uma maneira do governo desviar o foco do sucateamento na saúde pública do Rio Grande do Norte. “Ponto, sim, mas com direitos legais e trabalhistas, como, por exemplo, implantação de um banco de dados completamente ligado ao Ministério do Trabalho, para que não haja qualquer tipo de intervenção da gestão”, justifica.

Fixina ainda relata que no dia 2 de setembro um grupo de médicos vai se reunir com representantes do Ministério do Trabalho para discutir a implantação desse sistema.

COBRANÇA TEM, MAS FALTA SENSIBILIDADE

A equipe de reportagem da GAZETA DO OESTE conversou com o diretor técnico do Hospital Regional Tarcísio de Vasconcelos Maia, o médico João Firmino. Ele relata que a cobrança, por parte da gestão do hospital, é feita sempre. “É uma cobrança eterna”, diz. “Todas as categorias aqui estão sobrecarregadas”, completa.

Segundo ele, há carência de pessoal, os hospitais regionais estão superlotados e há ainda a falta de material, que complicam a assistência à população. Ele lembra que o número de leitos que o hospital dispõe é o mesmo de 27 anos atrás, quando o hospital foi inaugurado.

Quanto ao aparelho de endoscopia, quebrado há mais de três meses, o médico diz que a empresa responsável por fazer a manutenção justifica que o Governo do Estado não tem feito os repasses à empresa, o que tem feito com que vários serviços de manutenção de equipamentos, que são essenciais para o atendimento médico, quebrem.

Firmino ainda conta que a direção tem feito o que pode para atender bem a população, na medida do possível, mas, neste momento, não tinha previsão do quadro ser revertido.

INDICATIVO DE GREVE

Mais uma categoria do funcionalismo público estadual pode paralisar as atividades no Estado. O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (SINMED-RN) realizou uma assembleia na noite da última segunda-feira, 19, quando os profissionais decidiram pelo indicativo de greve para o dia 27 deste mês.

O encontro realizado em Natal resultou também na elaboração de um ofício que será enviado ao Governo do Estado pedindo a reabertura de negociações.

Ontem à noite, no Hotel Villa Oeste, foi a vez dos médicos que atuam em Mossoró discutir os problemas que motivaram a escolha pela paralisação: condições técnicas de trabalho (que compreende, por exemplo, problemas estruturais nas unidades de saúde e falta de material básico para atendimento aos pacientes) e a implantação do ponto eletrônico.

Na data marcada, os profissionais vão parar os atendimentos por uma hora e protestar em frente ao local do trabalho. Na noite do mesmo dia, os médicos se reúnem novamente em assembleia para deliberar a greve por tempo indeterminado.

Segundo Ronaldo Fixina, delegado sindical da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), comenta que os profissionais têm poucas informações sobre o controle de presença nas unidades de saúde. 

“Os médicos são contra a forma como foi instituído, a forma de funcionamento. O assunto precisa ser muito discutido ainda”, completa Fixina.

OUTRAS GREVES

Outras categorias continuam em greve no RN sem perspectiva de data para encerramento, como é o caso dos servidores estaduais da saúde, policiais civis, professores e servidores do Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP).

Fonte: Jornal Gazeta do Oeste

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