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| Dinarte, do Governo do RN, afirmou: "do jeito que está é prejuízo para C. Grande/RN" |
Hoje pela manhã em Campo Grande, o técnico do Governo do Estado do RN, Sr. Dinarte, foi categórico ao afirmar que "do jeito que o prefeito Bibi apresentou e a Câmara de Vereadores aprovou o projeto de lei de reformulação do conselho municipal de desenvolvimento rural sustentável, os agricultores serão prejudicados porque seus projetos não receberão pareceres favoráveis nem na equipe técnica do RN Sustentável e nem no conselho estadual".
O assunto em que falou o técnico do Governo do RN é relacionado aos famosos projetos do Programa de Combate a Pobreza Rural que no novo acordo de empréstimo com o Banco Mundial vai se chamar de RN Sustentável e destina recursos não reembolsáveis para associações comunitárias fazerem investimentos em projetos sociais, ambientais e produtivos. "O município de Campo Grande ao longo do tempo foi um dos mais beneficiados por conta da organização social e da organização do conselho municipal que chegou a ser eleito o melhor do Estado", disse Dinarte, técnico do Governo do RN.
A participação do Sr. Dinarte aconteceu numa reunião realizada hoje pela manhã (19/09), no salão paroquial, que foi convocada para tratar do assunto, tendo as participações do SINTRAF, Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais, fórum das associações, representantes das 16 associações das principais comunitárias rurais de Campo Grande, Núcleo Sertão Verde, Secretaria Municipal de Agricultura e as vereadoras Luana Priscila, Dilcinéia Brito e Lilia Holanda.
A vereadora Lilia disse que não foi por falta de aviso que o prefeito agiu contra a agricultura de Campo Grande. "Eu e Luana dissemos que o município sairia prejudicado mas chegamos a ser chamadas de mentirosas pela base governista", disse Lilia. "Isso é a volta do coronelismo", completou Dilcinéia Brito. O fato, é que o novo formato do conselho tira totalmente as forças da sociedade civil, ao ponto de acabar com a eleição para indicação de representantes no conselho e até definir o regimento interno sem as participações dos conselheiros.
A Secretaria de Agricultura Irene Galdino estava presente e disse que desconhecia completamente o teor do projeto e se prontificou para articular uma reunião entre o técnico do Governo do Estado e o prefeito para falar do prejuízo que o município terá e da importância da medida ser revogada. "É lamentável que tenha chegado a este ponto porque é uma perda para Campo Grande", disse Hildebrando, diretor do SINTRAF.
A posição de pedir revogação foi defendida também por Givanildo Fernandes, presidente do STTR.
Agora além de autoritarismo, o gesto se concretizou como um prejuízo anual grande para a agricultura familiar. É aquela coisa de lembrar que se não quer ajudar, era bom não atrapalhar.
Fonte: JPT DE CG-RN
Isso é a contramão da sociedade brasileira que clama por maior participação e controle social das políticas públicas.
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