segunda-feira, 17 de junho de 2013

MOSSORÓ: Furna Feia sem data para entrar em funcionamento


Parque com mais de 200 cavernas fica numa área entre Mossoró e Baraúna, próximo à Maísa.

 

Por Bruno Soares

O funcionamento do Parque Nacional da Furna Feia emperra, por enquanto, na burocracia e falta de pessoal do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O órgão federal ainda não nomeou um chefe e equipe para o parque, o que atrasa principalmente a formação do conselho consultivo e a elaboração do plano de manejo.

“Enquanto o chefe (e a equipe) não for nomeado, todas as atividades de implantação do Parque estão sob nossa responsabilidade e isso está nos sobrecarregando bastante, pois temos equipe reduzida e muitas atribuições (cinco pessoas, para executar nossas atribuições de pesquisa e conservação de cavernas em todo o Nordeste, menos a Bahia)”, revelou Diego de Medeiros Bento, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (CECAV) - órgão ligado ao ICMBio.

O responsável pela Base Avançada Compartilhada do Cecav no Rio Grande do Norte disse que a Furna Feia está sendo tratada como prioridade pelo órgão, no entanto, várias tarefas não estão sendo executadas por falta de gente e tempo, como por exemplo, acompanhar pesquisadores, aulas de campo de universidades e até mesmo a imprensa. “Temos muitas solicitações deste tipo, mas como não temos como acompanhar todas (o que é obrigatório) já deixamos de autorizar várias”, conta.

Diego de Medeiros Bento destaca que o ICMBio como um todo está com corpo técnico reduzido e não há previsão de novos concursos. “Já indicamos algumas pessoas para o cargo, que consideramos ter o perfil necessário e bastante experiência, mas elas estão em Unidades de Conservação na Amazônia, o que dificulta bastante a transferência”, acrescenta.

O ponto principal para que o parque entre em funcionamento é a elaboração do Plano de Manejo. O documento vai definir todo o zoneamento do parque. “Somente depois disso podemos começar a providenciar a construção da infraestrutura (sede administrativa, centro de visitantes, centro de pesquisa, guaritas) e a estruturação das cavernas para o turismo”, informou.

O analista ambiental está em Brasília esta semana e na última segunda-feira, 10, se reuniu com a diretora de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do ICMBio para tratar da nomeação do chefe e da elaboração do Plano de Manejo. “Ela entendeu a situação e concordou em tratar a questão da Furna Feia como prioritária e acho que a partir de agora as coisas vão andar mais depressa. O que me deixa mais tranquilo é que a grande maioria dos estudos necessários para a elaboração do Plano de Manejo já está pronta”, confirma.

ÚLTIMAS AÇÕES – Na opinião de Diego de Medeiros Bento, o andamento da Furna Feia “está indo bem mais rápido do que o normal, porém mais lento do que queremos e precisamos”, comenta.

Diversas ações já foram realizadas na área desde que o parque foi criado no ano passado, entre elas, operações de fiscalização e de educação ambiental com as comunidades do entorno; foi enviado a Coordenação Regional-6 a proposta de formação do Conselho Consultivo (que é um conselho formado por representantes do governo do Estado, prefeituras de Mossoró e Baraúna, comunidades do entorno, sociedade civil organizada etc., que vai auxiliar a chefia do parque na gestão), mas até a nomeação da equipe do parque ele não pode ser oficializado; foi iniciado, juntamente com técnicos da prefeitura de Mossoró, a elaboração do projeto arquitetônico das estruturas do Parque e negociação com a Petrobras para o cercamento e sinalização da área.

Fonte: Gazeta do Oeste

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