Parque
com mais de 200 cavernas fica numa área entre Mossoró e Baraúna, próximo à Maísa.
Por Bruno Soares
O funcionamento do Parque Nacional da Furna Feia
emperra, por enquanto, na burocracia e falta de pessoal do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O órgão federal ainda não
nomeou um chefe e equipe para o parque, o que atrasa principalmente a formação do
conselho consultivo e a elaboração do plano de manejo.
“Enquanto o chefe (e a equipe) não for nomeado,
todas as atividades de implantação do Parque estão sob nossa responsabilidade e
isso está nos sobrecarregando bastante, pois temos equipe reduzida e muitas
atribuições (cinco pessoas, para executar nossas atribuições de pesquisa e
conservação de cavernas em todo o Nordeste, menos a Bahia)”, revelou Diego de
Medeiros Bento, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação
de Cavernas (CECAV) - órgão ligado ao ICMBio.
O responsável pela Base Avançada Compartilhada do
Cecav no Rio Grande do Norte disse que a Furna Feia está sendo tratada como
prioridade pelo órgão, no entanto, várias tarefas não estão sendo executadas
por falta de gente e tempo, como por exemplo, acompanhar pesquisadores, aulas
de campo de universidades e até mesmo a imprensa. “Temos muitas solicitações
deste tipo, mas como não temos como acompanhar todas (o que é obrigatório) já
deixamos de autorizar várias”, conta.
Diego de Medeiros Bento destaca que o ICMBio como
um todo está com corpo técnico reduzido e não há previsão de novos concursos.
“Já indicamos algumas pessoas para o cargo, que consideramos ter o perfil
necessário e bastante experiência, mas elas estão em Unidades de Conservação na
Amazônia, o que dificulta bastante a transferência”, acrescenta.
O ponto principal para que o parque entre em
funcionamento é a elaboração do Plano de Manejo. O documento vai definir todo o
zoneamento do parque. “Somente depois disso podemos começar a providenciar a
construção da infraestrutura (sede administrativa, centro de visitantes, centro
de pesquisa, guaritas) e a estruturação das cavernas para o turismo”, informou.
O analista ambiental está em Brasília esta semana e
na última segunda-feira, 10, se reuniu com a diretora de Criação e Manejo de
Unidades de Conservação do ICMBio para tratar da nomeação do chefe e da
elaboração do Plano de Manejo. “Ela entendeu a situação e concordou em tratar a
questão da Furna Feia como prioritária e acho que a partir de agora as coisas
vão andar mais
depressa. O que me deixa mais tranquilo é que a grande maioria dos estudos
necessários para a elaboração do Plano de Manejo já está pronta”, confirma.
ÚLTIMAS
AÇÕES – Na
opinião de Diego de Medeiros Bento, o andamento da Furna Feia “está indo bem mais
rápido do que o normal, porém mais lento do que queremos e precisamos”,
comenta.
Diversas ações já foram realizadas na área desde
que o parque foi criado no ano passado, entre elas, operações de fiscalização e
de educação ambiental com as comunidades do entorno; foi enviado a Coordenação
Regional-6 a proposta de formação do Conselho Consultivo (que é um conselho
formado por representantes do governo do Estado, prefeituras de Mossoró e
Baraúna, comunidades do entorno, sociedade civil organizada etc., que vai
auxiliar a chefia do parque na gestão), mas até a nomeação da equipe do parque
ele não pode ser oficializado; foi iniciado, juntamente com técnicos da
prefeitura de Mossoró, a elaboração do projeto arquitetônico das estruturas do
Parque e negociação com a Petrobras para o cercamento e sinalização da área.
Fonte: Gazeta do Oeste
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