O grupo ‘CHEGAAAAAAA!!! PAZ MOSSORÓ’, criado na
rede social Facebook na terça-feira 11, já contava com mais de 16.400 membros
no início da noite de ontem, 17. Saturadas com a violência que põe em risco os
cidadãos dentro ou fora de casa, no local de trabalho ou na escola, as pessoas
expressam sua indignação e pedem paz.
Hoje, dia 22, o movimento sai do ambiente virtual e
ganha as ruas de Mossoró. A concentração será iniciada às 8h, no Memorial da
Resistência, como informa um dos integrantes do grupo, Ricardo Lopes. Às 9h, as
pessoas saem em caminhadapassando
pela Estação das Artes e Mercado Central, em direção à Praça Rodolfo Fernandes
(Praça do Pax), onde deve haver distribuição de flores e um minuto de silêncio.
Outro objetivo é soltar balões de gás hélio.
No local, os organizadores vão disponibilizar
baldes de tinta, para que os interessados possam customizar suas próprias
camisetas. Além disso, haverá um bandeirão branco, medindo oito por doze
metros, para que todos possam deixar a sua mão, e posteriormente será pendurado
em algum edifício da cidade.
A marca que está sendo usada pelo movimento está
disponível na internet, como informa Ricardo Lopes. Qualquer pessoa que queira
ir padronizado pode mandar confeccionar a sua própria camiseta, mas,
independente disso, todos são convidados a participar da mobilização. Para
Ricardo Lopes, o desejo é de que todos os componentes do grupo participem da
mobilização.
Até o domingo passado, 89 pessoas haviam sido
assassinadas em Mossoró. Além do número assustador, os depoimentos contidos na
página do grupo relatam a gravidade do problema que ameaça toda a população.
Entre as postagens, casos de violência, que vão desde tentativas de assaltos,
invasões a domicílios a assassinatos. Abusos que obrigam a população a
transformar as casas em ambientes que se assemelham às prisões pelas grades e
viver em alerta.
A sensação de insegurança é tamanha que a criação
de um grupo virtual serviu para que muitos expusessem seus desabafos. “O grito
estava engasgado, bastou uma pessoa falar”, diz a produtora Katharina Gurgel,
que também compõe o grupo.
Ela ressalta que o movimento não tem dono, não tem
cor, bandeira e nem partido político. É um grupo de diferentes pessoas, com um
objetivo em comum, o fim da violência. “A única coisa que a gente quer é paz.
Nós não queremos saber quais os culpados, nós queremos solução”, afirma.
Nesse sentido, a mobilização marcada para o próximo
sábado será um protesto pacífico. “É um ato de um grito de liberdade”, diz ela.
Fonte: Gazeta do Oeste
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