Quem depende do transporte escolar no Assentamento Maisa, na zona
rural de Mossoró, está tendo graves problemas. Uma série de complicações
vem afetando a qualidade do transporte, único meio dos estudantes irem
às aulas.
De acordo com os moradores, o transporte escolar da comunidade "vive
quebrando" e roda sem qualquer tipo de higiene. Além disso, os
assentados ainda reclamam do atraso e da falta de pontos de paradas de
ônibus.
Os estudantes, que costumam pegar ônibus diariamente, se deparam com
bancos rasgados e até baratas. "A escola fica a 6 km da comunidade. O
ônibus já quebrou várias vezes", diz a moradora Cleoneide Rodrigues.
Segundo ela, há dois ônibus para os turnos matutino, vespertino e
noturno, que levam estudantes das mais variadas faixas etárias, desde
crianças de 4 anos até adultos que estão em processo de alfabetização.
"As condições dos ônibus são deploráveis", completa a moradora.
A dona de casa Cleoneide Rodrigues, de 26 anos, fala que tem dois
filhos pequenos que usam o transporte escolar diariamente e lamenta a
situação dos ônibus. "Meus filhos já deixaram de ir às aulas por causa
dos ônibus quebrados. Eles precisam estudar, ter um futuro digno", disse
a moradora que vive há 9 anos na comunidade.
Segundo Cleoneide, os assentados não têm outra forma de ir às aulas.
"Por certo esqueceram que aqui não tem táxi e mototáxi, nem outro meio
dos estudantes irem à escola", disse a moradora.
Outra reclamação comum na comunidade é a falta de parada de ônibus.
"Só há uma parada de ônibus, que funciona clandestinamente. Inclusive,
há um fio de energia exposto no local, que coloca a vida das crianças em
risco", conta Cleoneide.
Segundo o vice-presidente do conselho comunitário da Maisa, José
Martins da Silva Filho, conhecido como "Deca", a comunidade já tentou
contato com a 12ª Diretoria Regional de Educação, Cultura e Desporto
(12ª DIRED), mas não obteve êxito.
A equipe de reportagem da GAZETA DO OESTE entrou em contato com a 12ª
Dired, órgão responsável pelas questões relacionadas ao transporte
escolar. A diretora Magali Delfino garantiu à equipe que em breve a
comunidade Maisa será contemplada com mais 3 ônibus. Segundo a
diretoria, a solicitação foi feita e a perspectiva é de que nas próximas
semanas os ônibus cheguem à comunidade.
Fonte: Jornal Gazeta do Oeste
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