sexta-feira, 8 de novembro de 2013

COTIDIANO: Governo descumpre prazos para entrega de viadutos do Complexo Viário da Abolição

Viaduto I deveria ter sido concluído em agosto deste ano  - CacauViaduto I deveria ter sido concluído em agosto deste ano - Cacau
As obras do Complexo Viário da Abolição foram iniciadas em janeiro de 2010 com o serviço de terraplanagem da área, que deveria ser concluído em dez meses. Depois viriam as demais etapas que deveriam ser todas concluídas no prazo de 18 meses, o que significa que as obras deveriam ter sido entregues desde julho de 2011. No entanto, os trabalhos continuam se arrastando.
Mesmo com a aceleração das obras nos últimos meses, os atrasos seguem acontecendo no serviço. Um exemplo é o viaduto III, que fica na avenida João da Escóssia. A estrutura foi a última a ser iniciada, e a previsão até junho deste ano era de que o viaduto ficasse pronto no mês de outubro. Até agora, somente o viaduto IV, que fica no cruzamento da BR-304 com a BR-405, saída para o município de Apodi, ficou pronto e foi liberado para o tráfego.
O viaduto V, na saída para o município do Natal, também está pronto. No entanto, um problema em um retorno impede a liberação da estrutura. A Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN) aguarda um projeto do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Para o engenheiro Yuri Alexandre, superintendente da SIN em Mossoró, algumas interferências causaram o atraso das obras. "Quando o serviço está sendo executado, percebemos alguns problemas que dependem de outras empresas e concessionárias. Por esse motivo, temos alguns imprevistos", afirma.
A última previsão era de que o Complexo Viário da Abolição estaria pronto até o final deste ano. No entanto, no final do mês passado, a SIN divulgou que as obras se estenderiam até março de 2014. O engenheiro Yuri Alexandre destaca que somente o viaduto II, localizado entre os conjuntos Abolição II e Abolição III, e o viaduto III serão finalizados no próximo ano.
"Nesses locais há redes de alta tensão e o serviço para adequação está sendo feito. No entanto, está demorando mais do que esperávamos. Por esse motivo, a entrega foi adiada para o próximo ano. Estamos trabalhando com janeiro e fevereiro, se não houver mais interferências. Outro fator que também viria a interferir seriam as chuvas", explica.
O Complexo Viário da Abolição conta com cinco viadutos e a duplicação e reestruturação de 17 quilômetros da BR-304. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com recursos provenientes dos governos federal e estadual. No total, o serviço foi orçado em R$ 72 milhões.

Motoristas reclamam dos transtornos gerados pelas obras
Com a demora de conclusão das obras, os motoristas que trafegam pelo local reclamam dos transtornos. O professor Gustavo Almeida afirma que os benefícios são enormes, mas os transtornos das obras também são muitos para quem precisa chegar ao outro lado da BR-304.
"Quem mora nas proximidades do conjunto Abolição III precisa enfrentar um verdadeiro martírio para chegar em casa, principalmente nos horários de pico. Às vezes, chega a formar uma fila quádrupla nos retornos, o que dificulta muito a passagem", afirma.

Outro problema citado pelo professor é a questão da insegurança. "Como há muito material de construção na via e não existe segurança, há o medo constante de assaltos. Pessoas mal-intencionadas podem se esconder em meio ao material para praticar crimes", destaca.
Já o estudante Pedro Luís ressalta a falta de sinalização e iluminação nos trechos da BR. "Para os motoristas, a falta desses itens já é perigoso. Imagine só para os ciclistas e pedestres que precisam passar pelo local. É um transtorno muito grande para todos", enfatiza.
Orçamento da obra: R$ 72 milhões
Prazo dado em março Prazo atual
Viaduto I Agosto de 2013 Dezembro de 2013
Viaduto II Setembro de 2013 Fevereiro de 2014
Viaduto III Outubro de 2013 Fevereiro de 2014
Viaduto IV Finalizado e liberado Finalizado e liberado
Viaduto V Finalizado sem liberação Finalizado sem liberação
Duplicação da ponte Junho de 2013 Dezembro de 2013

Fonte: Jornal O Mossoroense

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