terça-feira, 12 de novembro de 2013

MOSSORÓ: Crise não afeta cursos na área de petróleo

Mesmo com a diminuição na oferta de vagas de trabalho do setor petrolífero, em decorrência da saída de empresas prestadoras de serviço da Petrobras de Mossoró, o interesse por cursos ligados à área do petróleo não apresentou diminuição nas instituições federais existentes na cidade.

"Na verdade, houve um aquecimento, uma procura maior", afirma o diretor do Centro de Educação e Tecnologias Ítalo Bologna, unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em Mossoró, Francisco Moreira Maia.

Na unidade, que é pioneira na cidade em qualificação para esse segmento, a maioria dos cursos disponíveis é voltada para a área do petróleo e gás, pois, como lembra o diretor, o setor não envolve apenas capacitações relacionadas ao petróleo propriamente dito. São cursos técnicos e qualificações como Operador de Sonda, Automação Industrial, Metalurgia, mecânica Industrial, além de Petróleo e Gás, entre outros.

Francisco Moreira Maia argumenta que, quando há uma grande oferta de vagas toda a mão de obra disponível é absorvida, por outro lado, quando essa oferta de empregos é reduzida, as empresas selecionam os melhores profissionais, os mais capacitados. Nesse aspecto, os estudantes que são destaques têm mais chance, pois não apenas passaram pelo curso, eles adquiriram conhecimento.
De acordo com Francisco Moreira Maia, para se ter uma ideia, para algumas funções existem vagas, mas falta mão de obra qualificada.

Francisco Moreira Maia também não acredita na possibilidade de diminuição na procura por cursos, pois defende que Mossoró capacita mão de obra para o Brasil, tendo em vista que a cidade é referência na qualificação para extração de petróleo em solo. Segundo ele, o Senai conta com egressos em todo o país e até empresas da capital do Estado recorrem à cidade em busca de profissionais.

O diretor do Senai afirma ainda que as pessoas falam muito em crise no setor do petróleo, porém, este ano foram vendidos vários lotes para os quais será necessária a contratação de mão de obra. "O mercado ainda tem muitas vagas, o que se quer são pessoas mais qualificadas", reforça.

Já no campus local do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) são ofertadas 40 vagas anuais, com turma iniciada no segundo semestre de cada ano, para o curso de Petróleo e Gás desde o ano de 2006. 

Mas, assim como no Senai, são disponibilizados outros cursos relacionados à área, como Eletrotécnica e o de Mecânica, ambos oportunizam, a cada ano, o ingresso de 76 estudantes, que sempre saem para trabalhar no segmento do petróleo.

Segundo o diretor acadêmico do campus, Hélio Henrique da Cunha Pinheiro, até o momento não foi possível perceber uma diminuição considerável na concorrência. Ele acredita que, por se tratar de uma realidade recente, essa possibilidade de diminuição da concorrência pode ser observada daqui há um ou dois anos, mas considera que não haverá uma mudança brusca, mas, talvez, gradativa.

Hélio Henrique da Cunha Pinheiro também defende que o IFRN não forma profissionais apenas para o mercado local, mas nacional e até internacional. Segundo ele, há egressos da instituição trabalhando em locais como Dubai, por exemplo. O diretor acadêmico menciona ainda que a área do pré-sal, concentrada na região Sudeste do país, oferta uma boa quantidade de empregos. Além disso, ele considera que a Petrobras não deixará Mossoró de uma hora para outra.

Hélio Pinheiro comenta ainda que, às vezes, as oportunidades surgem até mesmo através das empresas que operam na cidade que, ao assinar um contrato para trabalhar em outro local acaba levando os profissionais da cidade.

Fonte: Jornal Gazeta do Oeste

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