quarta-feira, 19 de junho de 2013

ESTADO: Políticos do RN falam sobre onda de protestos


Rosalba vê amadurecimento da democracia no país

Lideranças políticas do Rio Grande do Norte, de diferentes correntes políticas se manifestaram a respeito da onda de protesto que ocorrem em praticamente todo o Brasil. A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) considerou as movimentações em forma de protesto, protagonizadas por estudantes brasileiros como uma prova de fortalecimento do que considera uma democracia ainda jovem no país. A chefe do Poder Executivo norte-rio-grandense apontou o Estado como um ente da federação que sempre lutou pela liberdade e, portanto, não estaria de fora das manifestações.

 “Vejo os movimentos sociais que estão acontecendo por todo o País como uma prova do fortalecimento da nossa jovem democracia. No Rio Grande do Norte não será diferente, até pelo histórico de ser um Estado que sempre lutou pelas liberdades. A minha orientação à Polícia é no sentido de manter a paz, de proteção às manifestações democráticas, garantindo a liberdade de manifestação do pensamento", afirmou a governadora Rosalba Ciarlini.

 Já o presidente nacional do Democratas, senador, José Agripino Maia argumentou ainda que o governo federal precisa urgentemente ouvir o clamor das manifestações populares que ocorrem em todo país.

  Desde a semana passada, milhares de brasileiros em 12 capitais saem às ruas para reivindicar. Os temas, de acordo com o senador potiguar, são os mais variados: vão desde a redução da tarifa do transporte coletivo até o protesto contra a corrupção e a impunidade no Brasil.

 “O governo precisa entender a insatisfação popular e adotar providências para fazer das prioridades da sociedade as suas. É o que a oposição quer: colaborar para que os anseios da sociedade sejam atendidos”, frisou o senador pelo Rio Grande do Norte. Uma onda de protestos tomou conta das principais capitais do país na segunda-feira passada.

 Em Brasília, cerca de cinco mil pessoas se reuniram na Esplanada dos Ministérios e ocuparam a cúpula do Congresso Nacional.

 As manifestações, que também criticam o excesso de gasto público com a construção das obras para as copas da Confederação e do Mundo em 2014, reuniram brasileiros até mesmo fora do país, conforme mencionou o parlamentar e presidente nacional do DEM. Em Londres, mais de sete mil pessoas confirmaram presença na convocação pelas redes sociais para uma manifestação ontem, na capital britânica em apoio aos protestos que têm reunido milhares em todo o Brasil.

  A única representante do Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Norte no Congresso Nacional, a deputada Fátima Bezerra elogiou as manifestações sociais protagonizadas pela juventude brasileira, que protestam contra o aumento das tarifas do transporte coletivo e em defesa do direito à cidade em diversas regiões do Brasil.

 A deputada Fátima Bezerra, no entanto, repudiou a forte repressão policial e violação de direitos humanos, ocorrida na semana passada em São Paulo, e elogiou o discurso da presidente Dilma Rousseff que proferiu: “O Brasil hoje acordou mais forte, e a grandeza das manifestações de ontem comprovam a energia da nossa democracia”.

 “Não poderia deixar de manifestar minha solidariedade à juventude que ousa lutar e reivindicar por mais avanços, bem como de repudiar a ação truculenta de setores da polícia militar que ainda não conseguiu transitar da cultura da ditadura para a cultura do Estado democrático de direito. Em Natal, os manifestantes também já enfrentaram as consequências da concepção de segurança pública vigente. O que tinha por objetivo desmobilizar os manifestantes terminou desencadeando mais indignação, fortalecendo o movimento denominado "Revolta do Busão", defensor de uma pauta de reivindicações que incorpora desde a revogação do aumento da tarifa ao passe livre para estudantes e desempregados”, declarou.

 Fátima também criticou o papel do Congresso Nacional diante das transformações sociais em curso no país. “Eu quero, mais uma vez, reafirmar que o Congresso Nacional não pode ficar surdo. Tem que ouvir as vozes das ruas, que gritam por avanços. É inaceitável que a agenda da reforma política, da democratização dos meios de comunicação, do PNE com 10% do PIB e 100% dos royalties para educação, dos direitos LGBT e da mulher, das comunidades quilombolas e indígenas, entre outras, estejam mofando e não avancem no Parlamento”, disse. “Os gestores precisam ampliar o debate no sentido de construir soluções para o desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras. Quem está na rua aprendeu o que aprendemos quando decidimos construir o Partido dos Trabalhadores: sem luta, não há transformação”, completou a parlamentar petista.

 Fátima ressaltou, ainda, o papel perverso que a grande mídia tem exercido na atual conjuntura política, ora criminalizando os movimentos sociais, ora tentando utilizá-los para fornecer discurso aos partidos políticos que, sem rumo e sem projeto para o país, buscam qualquer artifício para tentar desestabilizar o governo democrático e popular liderado pela presidente Dilma Rousseff. “Esquece que o projeto elitista e conservador que afundou o Brasil na recessão econômica e na inflação foi derrotado em 2002, com a vitória eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O desejo da maioria da população brasileira não é retornar ao passado, mas sim dar continuidade aos avanços conquistados nos últimos dez anos”, disse.

Fonte: Gazeta do Oeste

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