Categoria
quer aprovação do Estatuto e Lei Orgânica
Os servidores do Instituto Técnico-científico de
Polícia do Rio Grande do Norte (ITEP-RN) iniciaram na manhã de ontem, 18, uma
paralisação de advertência com duração de 48 horas. O Sindicato dos Policiais
Civis do RN (SINPOL) informou que a categoria aprovou o indicativo de paralisação
devido à morosidade do governo estadual em avaliar a minuta do anteprojeto que
criará a Lei Orgânica do Itep-RN e Estatuto para os servidores do órgão.
“O projeto está há 44 dias na Controladoria Geral
do Estado e até agora não saiu de lá, nem tem previsão de quando será levado
para a Assembleia Legislativa para ser votado”, lamentou Edward Moura, diretor
do Sinpol no interior do Estado.
A paralisação poderá ser estendida e virar uma
greve por tempo indeterminado com mais uma categoria que está insatisfeita com
o tratamento dado pelo Executivo estadual. Os policiais civis farão uma
audiência nesta quinta-feira para decidir ou não por uma paralisação das
atividades.
Os servidores do Itep pedem desculpas à população
pelos transtornos causados pela paralisação e enfatiza que foi o único meio
encontrado para sensibilizar o Governo do Estado, que vem adiando diversas
reuniões entre as duas partes.
Durante a paralisação, serviços periciais,
Certidões Negativas, Carteiras de Identidade e outros procedimentos estarão
suspensos. Somente serão realizados os serviços de natureza urgentes
relacionados a flagrantes de delitos, locais de crime e recolhimento de
cadáveres. O reconhecimento e liberação de cadáveres só serão feitos durante o
dia.
Uma vez aprovado, o Estatuto trará inúmeros
benefícios para o órgão, servidores e população. “Será realizado concursos
públicos para a contratação de servidores, será criada uma unidade em Pau dos
Ferros – o que vai diminuir a demanda de Mossoró – e vai melhorar os serviços
para a população”, acredita Edward.
Atualmente a unidade mossoroense é responsável por
atender 67 municípios na região Oeste potiguar. O órgão dispõe apenas de 68
funcionários para dar conta de todos os serviços.
O diretor do Sinpol conta que as condições de trabalho
dos servidores são péssimas. “Temos apenas dois motoristas, um fotógrafo, um
necrotomista e um perito para dar conta de todas essas cidades. Se acontecer um
homicídio lá em Venha-Ver, por exemplo, e a equipe sair para ir lá e depois ser
comunicada que houve outro homicídio aqui na porta do Itep, esse da porta do
Itep vai ter que esperar cinco ou seis horas para ser recolhido porque não tem
gente suficiente”, exemplificou Edward.
Fonte: Gazeta do Oeste
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