quinta-feira, 5 de setembro de 2013

MOSSORÓ: Governo pressiona e vereador não vota CEI de folha da PMM

O Governo Cláudia Regina (DEM) está na iminência de conseguir abortar, na Câmara Municipal, a Comissão Especial de Investigação (CEI) proposta para apurar supostas irregularidades na Folha de Pessoal da Prefeitura de Municipal de Mossoró (PMM).
Genilson (Sentado, encoberto ao fundo) sofreu pressão em plenário e fora dele (Blog Carlos Santos)
O dia de hoje foi decisivo.
O vereador Genilson Alves (PTN) foi assediado e “sequestrado” antes de votar recurso contra a CEI.
Quando reapareceu, confessou para interlocutores da própria Câmara Municipal que pretendia “se abster” de votar na Comissão de Constituição e Justiça, no recurso apresentado por vereadores governistas – como ele, que tentam derrubar a CEI. A matéria questiona o acatamento do pedido de investigação, pela presidência da Casa.
A situação é simplesmente inédita.
A comissão tem três componentes e um deles não quer votar, tira o braço da “seringa”. Genilson Alves “é o cara”. Realmente, se absteve.
Já o presidente desse colegiado e relator, o também vereador governista Manoel Bezerra (DEM), votou contra a CEI.
Sumiço
O outro integrante da comissão, Genivan Vale (PR), rejeitou o recurso e manteve posição em favor da investigação.
Durante a sessão ordinária, Genilson sumiu do plenário ao lado de outros governistas liderados por Francisco Carlos (PV). Ao retornar, continuou cercado (veja foto).
Nesse ínterim, o vereador oposicionista Soldado Jadson (PT do B) gracejou com o enredo protagonizado por Genilson, oferecendo-se para atuar como policial (sua profissão) e tentar apurar se tinha ocorrido algo de mais grave com o vereador. Arrancou risos de quase todos que ainda estavam em plenário.
A oposição manifestou-se, cobrando serenidade e uma posição às claras de Genilson, sem pressão externa vinda do Palácio da Resistência, sede do governismo.
Na próxima terça-feira será lido em plenário o parecer da comissão. Na quarta-feira, a votação.
A CEI é inédita na história da Câmara Municipal de Mossoró. Desde a chamada redemocratização do país, nos anos 80, nunca uma legislatura instalou investigação do governo municipal.
Pelo visto,  a Câmara Municipal de Mossoró continuará “zerada” em seu papel constitucional de fiscalizar o Executivo.
P.S – Há poucos minutos, no programa “Cenário Político” da TV Cabo Mossoró (TCM), o presidente do Legislativo – Francisco José Júnior (PSD) – admitiu que não sabe o destino do parecer da Comissão de Constituição e Justiça.
A posição antecipada por Genilson Alves é incomum. “Eu nunca vi antes”, disse.
Daí, não sabe se é convocado um suplente ou se o parecer vai ao plenário, para votação, apenas com votos do relator-presidente e do membro Genivan Vale.
“Vamos ver o regimento”, disse.
Nota do Blog – Como leigo, penso que o parecer precisa ir a plenário dizendo “sim” ou “não”. Com uma abstenção patética na Comissão de Constituição e Justiça, ele fica “mais ou menos”. Não é carne nem é peixe.
A dubiedade não cabe. O colegiado precisa dizer se acata ou não o recurso, do contrário o plenário ficará impossibilitado de votar o parecer.
Enfim, estamos diante de algo ridículo e caricato.
Fonte: Blog do Carlos Santos

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