UERN EM MOSSORÓ: Da fundação até hoje, a instituição passou por um intenso período de expansão territorial e criação de cursos de graduação e pós-graduação

Wilson Moreno

Instituição conta hoje com 14 cursos de pós-graduação em diferentes áreas

Com mais de 12 mil alunos, cerca de mil professores, 30 cursos, seis campi e 11 núcleos avançados, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) completou 45 anos de história ontem, 28. Os depoimentos sobre a instituição são de nostalgia, reconhecimento, exaltação, consciência de que ainda tem muito a melhorar e a certeza de que a transformação na vida das pessoas e cidades do interior do Estado para melhor é uma de suas características marcantes.

A Uern está presente em 17 cidades do RN, inclusive na capital Natal. De forma indireta, abrange ainda mais municípios e Estados. Boa parte dos estudantes – em vários cursos – são do Ceará.

Da fundação até hoje, a instituição passou por um intenso período de expansão territorial e criação de cursos de licenciatura e bacharelado.

Nas três primeiras décadas de existência, a preocupação foi chegar às microrregiões mais distantes. Nos últimos oito anos, esse ritmo crescimento diminuiu, dando lugar a um processo de consolidação dos cursos já existentes e investimentos em qualificação dos professores.

São três os pilares de sustentação: ensino, pesquisa e extensão.

Entre 2008 e 2013 foram instituídos 14 cursos de pós-graduação: mestrados em Ciências da Computação; Ciências Naturais; Ciências Sociais e Humanas; Educação; Física; Bioquímica; Saúde e Sociedade; Letras em Pau dos Ferros; Serviço Social (aprovado recentemente); Ensino (aprovado recentemente); Profissional em Letras (ProfLetras) em Pau dos Ferros, Assu e Mossoró e ainda o seu primeiro curso de doutorado em Bioquímica e Biologia Molecular.

Além disso, a instituição tem oferecido outros cursos em parcerias com outras universidades, como por exemplo, o Doutorado Interinstitucional (DINTER) e Mestrado Interinstitucional (MINTER).

Na primeira modalidade, a Uern desenvolve três cursos: Administração em parceria com a PUC do Paraná; Ciências da Saúde em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Educação em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).  No segundo, um Minter (em parceria com a UFRN), este último foi finalizado na área do Direito.

A Uern realiza vários estudos e projetos junto às comunidades acadêmica e externa. É uma universidade inclusiva, formada por cerca de 70% dos alunos da escola pública, e preocupada em oferecer a atenção especializada aos alunos que necessitam atenção especial.

Na Iniciação Científica destaca-se a presença de mais de 100 bolsistas, a aprovação de mais de 200 projetos e a participação dos estudantes e professores em eventos nacionais e internacionais.

O Festival Escolar de Teatro da instituição (FESTUERN), o Intervalo Cultural, a Campanha Meu Melhor Natal e a Maratona Fotográfica são atividades que ganham destaque pela abrangência e efeitos positivos causados na comunidade interna e externa.

Milton Marques, que ficou oito anos à frente da universidade, passou o cargo de reitor para Pedro Fernandes

Falar na universidade é motivo de orgulho e de emoção para Milton Marques de Medeiros. O professor mais antigo da instituição é também o último reitor. Ele esteve à frente da Uern nos últimos anos e ontem, 28, passou o cargo para Pedro Fernandes, o novo reitor para os próximos quatro anos.

A transmissão do cargo de reitor, bem como de vice-reitor – até ontem ocupado por Aécio Cândido – e agora pertence a Aldo Gondim Fernandes aconteceu na tradicional Assembleia Universitária. A solenidade foi realizada no Teatro Municipal Dix-huit Rosado.

Para Milton Marques, o balanço da sua gestão foi muito positivo. “Infelizmente não deu para fazer tudo aquilo que a gente queria, mas foi o suficiente para me despedir em paz. Temos a certeza que demos o máximo de nossas forças que tínhamos disponíveis. Torcemos agora para que a ascensão, o progresso da universidade continue crescendo. Nos conforta saber que a Uern está mais sólida, representativa e contribuindo para o desenvolvimento do interior do Estado”, comentou.

Para ele, faltaram algumas coisas, entre elas setorizar os cursos de acordo com as microrregiões. “Por exemplo, se a gente ver que uma região como o Vale do Açu tem vocação para cursos na área de Geologia, Engenharia, que lá fosse implantado curso de Engenharia, curso de Geologia. Se o nosso litoral tem condições de turismo, que lá fosse dedicada atenção especial com o curso de Turismo naquela região e por aí vai com os outros cursos aproveitando as vocações das regiões”, explicou o ex-reitor.

O novo reitor está na instituição há 15 anos onde atuou nas atividades acadêmicas e mais recentemente no setor administrativo. Antes de concorrer ao cargo máximo, Pedro Fernandes era pró-reitor de Administração antes de disputar a eleição.

“Nos últimos seis meses como reitor nomeado tivemos ainda mais oportunidade de conhecer a universidade, ter maior atenção, rodar por todos os campi e núcleos avançados. Nosso grande desafio é dar continuidade aos trabalhos de grande magnitude feitos pelos últimos reitores. Todos eles merecem nosso aplauso. Fica o compromisso de fazer jus a essas gestões anteriores”, ressaltou Pedro Fernandes.

Consolidar as atividades de pesquisa e extensão, amadurecer e ampliar a pós-graduação e dar uma atenção especial à assistência estudantil são alguns dos objetivos elencados pelo novo reitor para o quadriênio.

Fonte: Jornal Gazeta do Oeste