Pressionado pela mobilização nacional, o presidente da Câmara dos
Deputados, Henrique Eduardo Alves, do PMDB, informou ao repórter Josias de
Sousa, na noite desta sexta-feira, 21, que pretende colocar em votação a PEC
37, conhecida como a PEC da Impunidade, no dia 3 de julho.
Inicialmente se cogitou em deixar a votação, antes previsto para o dia
26 de junho, para o próximo semestre em função dos protestos contra a aprovação
da Proposta de Emenda a Constituição em centenas de cidades do País, mas o
Potiguar optou por levar a PEC ao plenário logo no dia 3 de julho.
Ao Blog Josias, Henrique Alves disse que “a casa tem que ouvir o que as
ruas estão dizendo e se conectar com elas”. “A Câmara tem que mostrar o que
quer, tem que mostrar a sua cara. E a maneira de fazer isto é votando”, destaca
o Potiguar ao repórter da Folha.
No panfleto divulgado pelos promotores de Justiça de todo País, eles informam
que a PEC modifica a Constituição Federal no termo que trata sobre o poder de
investigação criminal, deixando-o exclusivamente sobre a responsabilidade das
Polícias Federal e Civil.
Caso seja aprovada, ainda conforme o panfleto entregue durante a mobilização
contra a PEC 37 em Mossoró, o Ministério Público, a Receita Federal, Banco Central, entre outros órgãos ficaram impedidos de fazer
qualquer investigação.
O panfleto destaca com que esta monopolização das investigações, o
principal prejudicado é o cidadão. Destaca que como as PF e PC são atrelados ao
Executivo fica praticamente impossível destas instituições investigarem desvios
de recursos públicos, combatendo a corrupção.
“Como é que um delegado, que não tem autonomia que o Ministério Público
tem, vai investigar o patrão dele?”, pergunta o promotor de Justiça Ítalo
Moreira Martins, de Mossoró, acrescentando que a corrupção é dito por todos que
é o maior ‘câncer’ do País.
“A quem interessa que poucos tenham este poder de investigação? Quem
interessa tirar do Ministério Público o poder de investigação?” acrescenta
Ítalo Moreira.
Com os protestos, o quadro no Congresso Nacional é outro. O presidente
da C
amara disse que sente uma tendência de mudança. “Estas manifestações revelaram em todas as cidades uma rejeição muito grande a PEC. Mesmo parlamentares que assinaram a emenda, para garantir que ela tramitasse, hoje nós procuram com outra conversa”, diz Henrique.
amara disse que sente uma tendência de mudança. “Estas manifestações revelaram em todas as cidades uma rejeição muito grande a PEC. Mesmo parlamentares que assinaram a emenda, para garantir que ela tramitasse, hoje nós procuram com outra conversa”, diz Henrique.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, segundo Henrique Alves,
telefonou para ele sexta-feira, 21, disse que vai se reunir separadamente com
os delegados e os procuradores e depois fazer uma reunião com todos,
provavelmente na próxima quarta-feira. “É um último esforço que estamos
realizando, até para evitar que a parte perdedora recorra ao judiciário”, diz o
presidente da Câmara.
Fonte: Jornal de Fato
Nenhum comentário:
Postar um comentário
SEU COMENTÁRIO SERÁ VISTO E PODE SER APROVADO PELO REDATOR DESTE BLOG.