»entrevista» José Agripino -
presidente nacional do DEM
Anna Ruth Dantas - repórter
Presidente nacional do partido Democratas, o senador José Agripino Maia defende a reeleição da governadora Rosalba Ciarlini. Embora considere que ainda é necessária uma recuperação da popularidade, ele se mostra otimista e acredita que a partir do recente programa Sanear RN, lançado pela chefe do Executivo estadual que tem como objetivo ampliar para 80% a cobertura do saneamento no RN, a governadora poderá dar um novo impulso à administração.
Anna Ruth Dantas - repórter
Presidente nacional do partido Democratas, o senador José Agripino Maia defende a reeleição da governadora Rosalba Ciarlini. Embora considere que ainda é necessária uma recuperação da popularidade, ele se mostra otimista e acredita que a partir do recente programa Sanear RN, lançado pela chefe do Executivo estadual que tem como objetivo ampliar para 80% a cobertura do saneamento no RN, a governadora poderá dar um novo impulso à administração.
Senador do DEM,
José Agripino defende a candidatura de Rosalba à reeleição, mas destaca que ela
deverá avaliar se tem viabilidade
“Se eu fui o governador das estradas e Garibaldi Filho das adutoras, ela (Rosalba) pode vir a ser a governadora do saneamento básico”, disse o senador, lembrando que Rosalba Ciarlini ainda conseguirá financiamento do Banco Mundial, no valor de quase R$ 1 bilhão.
Sobre as recentes críticas públicas feitas pelo ministro da Previdência, Garibaldi Filho, demonstrando descontentamento com o Governo Rosalba, José Agripino defende o diálogo e aposta na argumentação como forma de superar os pontos questionados.
Embora demonstre otimismo com a candidatura a reeleição de Rosalba, o senador do DEM também pondera que o mais importante será manter unido o grupo partidário do Democratas, PMDB, PR, PMN e PP e, para isso, cogita até um terceiro candidato ao Governo, que não seja Rosalba, desde que as pesquisas mostrem a inviabilidade da reeleição. Já na análise do campo da oposição, o senador observa fragilidade nas candidaturas postas. José Agripino Maia elogia as recentes manifestações de rua e ressalta: a hegemonia do Governo Federal acabou; o jogo para sucessão presidencial de 2014 “está zerado”. Confira a entrevista concedida pelo senador José Agripino:
Nesse momento a governadora Rosalba Ciarlini já se habilita para a reeleição?
Eu acho que ela
está construindo um caminho. Dois anos de Rosalba foram consumidos para pagar
dívidas, administrar escassez e projetar o futuro. Se você me perguntar se ela
já administrou a escassez, digo que ainda não, até porque cada vez que se
retira o IPI de automóvel reduz o Fundo de Participação. As perdas são
flagrantes. Agora ela montou programas muito robustos, como Barragem de
Oiticica, Poço de Varas, esse vigoroso programa Sanear RN. Se eu fui o
governador das estradas e Garibaldi Filho o das adutoras, ela pode vir a ser a
governadora do saneamento básico.
Há outros elementos que sinalizem uma recuperação?
Há outros elementos que sinalizem uma recuperação?
A governadora
está em vias de obter aprovação pelo Senado de financiamento do Banco Mundial
para um programa muito importante que pode sinalizar claramente para
perspectiva de ter uma quadra de anos para frente venturosa pelo fato de
recursos estarem assegurados com programa de obras já montado. Em função de
expectativa venturosa de futuro, acho que o Rosalba pode se posicionar dentro
de pouco tempo como candidata viável a reeleição.
Nesse posicionamento de reeleição da governadora, como ficam partidos aliados, como o PMDB?
Nesse posicionamento de reeleição da governadora, como ficam partidos aliados, como o PMDB?
Acho que na hora
H os partidos vão se reunir com maturidade para discutir a melhor alternativa
para o Estado e definir uma candidatura. Eu advogo que nós estejamos juntos em
qualquer circunstância, que nós não nos apartemos. Cada qual fala pela sua
identidade. O PR, PMN, PP, PMDB, principalmente, o Democratas. Mas não podemos
perder de vista nossa unidade porque, com a unidade mantida, a perspectiva de
vitória é real.
A pública insatisfação do ministro Garibaldi Filho preocupa o senhor nessa bandeira de manter a unidade desta aliança partidária?
Claro que preocupa. Agora em política as divergências são naturais e elas (as divergências) conduzem para prática do diálogo para explicações e busca de entendimento, sempre com respeito. Sempre com respeito. Se Garibaldi tem divergências, emite opinião sempre sincera, muito francas com relação ao Governo, elas (as opiniões de Garibaldi) têm que ser, como os movimentos de rua, respeitadas, discutidas e, na medida do possível, atendidas.
A pública insatisfação do ministro Garibaldi Filho preocupa o senhor nessa bandeira de manter a unidade desta aliança partidária?
Claro que preocupa. Agora em política as divergências são naturais e elas (as divergências) conduzem para prática do diálogo para explicações e busca de entendimento, sempre com respeito. Sempre com respeito. Se Garibaldi tem divergências, emite opinião sempre sincera, muito francas com relação ao Governo, elas (as opiniões de Garibaldi) têm que ser, como os movimentos de rua, respeitadas, discutidas e, na medida do possível, atendidas.
O deputado federal Henrique
Eduardo Alves, em entrevista publicada no último domingo na TRIBUNA DO NORTE,
queixou-se de centralização do Governo e defendeu nova reunião do Conselho
Político. Como o senhor avalia essas declarações?
É uma opinião a
ser considerada. Se ele acha isso e tem razões para achar isso, tem que ser
dito ao Governo para que faça o meia culpa se for o caso e mude de atitude em
busca da boa convivência com o aliado. Acho que essa manifestação, como
qualquer outra, ela precisa ter o respaldo da argumentação. Entendo o diálogo
de pessoas que procuram se entender é movido a argumentos. Se os argumentos de
quem se queixa são sólidos, cabe a outra parte a superação da dificuldade com o
recolhimento da procedência do argumento e o atendimento com a mudança de
comportamento para superar a dificuldade. O argumento tem que remeter a mudança
de comportamento. Se o argumento existe e na palavra de Henrique o Governo
continua centralizador, o argumento tem que ser posto, o Governo tem que fazer
sua avaliação e mudar sua postura em nome da boa convivência com os aliados.
José Agripino
Maia é o atual presidente nacional do Democratas (DEM) e está no quarto mandato
como senador pelo RN
O vice-governador Robinson Faria se coloca como candidato a governador, a deputada federal Fátima Bezerra postula, publicamente, o Senado, a vice-prefeita Wilma de Faria sinaliza com uma candidatura na chapa majoritária. Falta os governistas colocarem o bloco na rua?
Não. Eles estão
sofregos. Eu não quero agir com demérito a ninguém. Mas eu não vejo tanta
robustez eleitoral nesse grupo ao qual você se referiu. Como eles não têm a
preocupação deexercer governo, eles ficam no lançamento de
expectativas pessoais. Nós temos, sem nenhuma presunção, o perfeito
entendimento de que juntos somos uma força político-eleitoral capaz de
construir vitórias, com respeito as demandas da sociedade que precisam ser atendidas.
Se eles estão esboçando chapas que muitas vezes são conflituosas, veja
que Robinson quer ser candidato a governador e Wilma não diz a que é
candidata,a mas não descarta a possibilidade de ser candidata a governadora.
Há, então, um potencial conflito insuperável na oposição?
Há, então, um potencial conflito insuperável na oposição?
Você tem
em um agrupamento menor conflitos na base da pirâmide, no ponto mais importante
da disputa. Você já não sabe se Robinson e Wilma serão adversários ou aliados.
Segundo ponto a ser considerado é a disputa presidencial. Se o PSB tiver
candidato a presidente e o PSD apoiar candidato a presidente que não o
candidato do PSB, como fica essa aliança? São dificuldades que eles vão
enfrentar daqui para frente e pode destruir qualquer perspectiva de aliança
neste momento. Não passa de intenção [as alianças na oposição] e na hora que a
intenção é posta já na largada mostra divergência, porque os ícones tanto do
PSB quanto do PSD não escondem que podem pretender disputar a mesma posição ou
o mesmo posto de governador. Mas não nos preocupa isso. Temos tempo para fazer
nossas avaliações e confiamos que, se nós formos capazes de nos entender em
torno de um projeto bom para o Rio Grande do Norte, temos a expressão
partidária forte capaz de levar mensagem política com chance
de ganhar eleição.
Fonte: Tribuna
do Norte
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