sexta-feira, 7 de junho de 2013

ESTADO: Petrobras confirma investimentos na região


Produção de petróleo no RN em abril se manteve em torno de 70 mil barris por dia

No mês de abril a Petrobras manteve a produção no Rio Grande do Norte estabilizada em torno de 70 mil barris equivalentes/dia. O dado foi apresentado pela assessoria de comunicação da gerência da empresa em Mossoró.

Apesar das demissões, encerramento de contratos com empresas terceirizadas e clima de incertezas em Mossoró e região por parte dos sindicatos e trabalhadores, a Petrobras informou que continua investindo em projetos de desenvolvimento de produção e atividades de exploração de petróleo na Bacia Potiguar.

“Os investimentos realizados nos últimos anos estão voltados para a instalação de projetos de recuperação da produção e também para a perfuração de novos poços. Em 2012 foram concluídos importantes projetos e até 2019 entrarão em operação outros, com objetivo de reverter a curva de produção no Estado”, disse a nota enviada.

A área de Exploração e Produção da Petrobras no Rio Grande do Norte assinou, em abril, 19 instrumentos contratuais para viabilizar projetos de desenvolvimento da produção de petróleo e gás da companhia. “Esses projetos são voltados para o aumento da produção local e renovação das instalações”, completa.

Os contratos assinados recentemente preveem a construção de 110 km de oleodutos que ligará o campo de produção Canto do Amaro, em Mossoró, à Unidade de Tratamento e Processamento de Fluidos (UTPF), em Guamaré-RN.

Serão investidos US$ 187 milhões para adequar a malha de escoamento da produção. No pico de execução, previsto para outubro deste ano, a obra irá gerar cerca de mil postos de trabalho.

A empresa tem a perspectiva de gerar aproximadamente 1.900 empregos diretos em diversos municípios onde atua.

“Em Mossoró serão implementados os projetos de Desenvolvimento Integrado do Polo do Campo de Produção Riacho da Forquilha, do Polo do Campo de Produção de Livramento e desenvolvimento complementar do Campo de produção do Canto do Amaro, em sua quarta etapa. Em Alto do Rodrigues, os projetos de Adensamento de Malha no Campo de Serra, Adensamento de Malha para 70 metros e Injeção de vapor nos Campos de Estreito e Alto do Rodrigues”, informou a assessoria de comunicação da Petrobras.

 Por outro lado, sindicatos registram aumento nas demissões

A falta de comunicação da empresa com os sindicatos que representam os trabalhadores contribui para o clima de incertezas e especulações. “Existe um silêncio muito grande por parte da Petrobras em Mossoró. Eles não dão qualquer informação para os sindicatos e ficam essas dúvidas”, comenta Aldeirton Pereira, assessor sindical do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (SINDIPETRO-RN) de Mossoró.

Os sindicatos que representam trabalhadores contabilizam as demissões dos funcionários que têm mais de um ano de carteira assinada com aquela empresa que está demitindo. Os trabalhadores que têm menos de um ano fazem a rescisão de contrato pela empresa e Delegacia Regional do Trabalho.

Somente este ano o Sindipetro contabilizou 367 demissões até maio. Em 2012 foram 897 encerramentos de vínculo.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários de Cargas e Passageiros de Mossoró e Região Oeste do Rio Grande do Norte (SINTROM/RN) registrou a demissão de 266 trabalhadores somente este ano. Ano passado a entidade contabilizou 179 demissões.

E más notícias não param de chegar, de acordo com o presidente do sindicato. “Para este mês de junho estão previstas mais 60 demissões. Está sendo uma fase muito difícil. A audiência pública e o encontro com a presidente da Petrobras, Graça Foster, ainda não teve resultados satisfatórios. As demissões não param de acontecer”, lamenta Francisco de Assis de Medeiros.

O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção em Geral, Leve e Pesada, e do Mobiliário de Mossoró e Região Oeste do Rio Grande do Norte (SINTRACOMM/RN) fez um balanço recentemente e constatou que houve 1.502 demissões no período do início do segundo semestre de 2012 até abril deste ano.

“Em maio melhorou um pouco porque chegaram algumas empresas na cidade na área do petróleo e já estão absorvendo alguns trabalhadores”, informou Ivonildo Monteiro, presidente da entidade.

Fonte: Gazeta do Oeste

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