Produção de petróleo no RN em abril se manteve em torno de 70 mil
barris por dia
No mês de
abril a Petrobras manteve a produção no Rio Grande do Norte estabilizada em
torno de 70 mil barris equivalentes/dia. O dado foi apresentado pela assessoria
de comunicação da gerência da empresa em Mossoró.
Apesar das
demissões, encerramento de contratos com empresas terceirizadas e clima de
incertezas em Mossoró e região por parte dos sindicatos e trabalhadores, a
Petrobras informou que continua investindo em projetos de desenvolvimento de
produção e atividades de exploração de petróleo na Bacia Potiguar.
“Os
investimentos realizados nos últimos anos estão voltados para a instalação de
projetos de recuperação da produção e também para a perfuração de novos poços.
Em 2012 foram concluídos importantes projetos e até 2019 entrarão em operação
outros, com objetivo de reverter a curva de produção no Estado”, disse a nota
enviada.
A área de
Exploração e Produção da Petrobras no Rio Grande do Norte assinou, em abril, 19
instrumentos contratuais para viabilizar projetos de desenvolvimento da
produção de petróleo e gás da companhia. “Esses projetos são voltados para o
aumento da produção local e renovação das instalações”, completa.
Os contratos
assinados recentemente preveem a construção de 110 km de oleodutos que ligará o
campo de produção Canto do Amaro, em Mossoró, à Unidade de Tratamento e
Processamento de Fluidos (UTPF), em Guamaré-RN.
Serão
investidos US$ 187 milhões para adequar a malha de escoamento da produção. No
pico de execução, previsto para outubro deste ano, a obra irá gerar cerca de
mil postos de trabalho.
A empresa tem
a perspectiva de gerar aproximadamente 1.900 empregos diretos
em diversos municípios onde atua.
“Em Mossoró
serão implementados os projetos de Desenvolvimento Integrado do Polo do Campo
de Produção Riacho da Forquilha, do Polo do Campo de Produção de Livramento e
desenvolvimento complementar do Campo de produção do Canto do Amaro, em sua
quarta etapa. Em Alto do Rodrigues, os projetos de Adensamento de Malha no
Campo de Serra, Adensamento de Malha para 70 metros e Injeção de vapor nos
Campos de Estreito e Alto do Rodrigues”, informou a assessoria de comunicação
da Petrobras.
Por
outro lado, sindicatos registram aumento nas demissões
A falta de
comunicação da empresa com os sindicatos que representam os trabalhadores
contribui para o clima de incertezas e especulações. “Existe um silêncio muito
grande por parte da Petrobras em Mossoró. Eles não dão qualquer informação para
os sindicatos e ficam essas dúvidas”, comenta Aldeirton Pereira, assessor
sindical do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (SINDIPETRO-RN) de
Mossoró.
Os sindicatos
que representam trabalhadores contabilizam as demissões dos funcionários que
têm mais de um ano de carteira assinada com aquela empresa que está demitindo.
Os trabalhadores que têm menos de um ano fazem a rescisão de contrato pela
empresa e Delegacia Regional do Trabalho.
Somente este
ano o Sindipetro contabilizou 367 demissões até maio. Em 2012 foram 897
encerramentos de vínculo.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários de Cargas
e Passageiros de Mossoró e Região Oeste do Rio Grande do Norte (SINTROM/RN)
registrou a demissão de 266 trabalhadores somente este ano. Ano passado a
entidade contabilizou 179 demissões.
E más
notícias não param de chegar, de acordo com o presidente do sindicato. “Para
este mês de junho estão previstas mais 60 demissões. Está sendo uma fase muito
difícil. A audiência pública e o encontro com a presidente da Petrobras, Graça
Foster, ainda não teve resultados satisfatórios. As demissões não param de
acontecer”, lamenta Francisco de Assis de Medeiros.
O Sindicato
dos Trabalhadores na Indústria da Construção em Geral, Leve e Pesada, e do
Mobiliário de Mossoró e Região Oeste do Rio Grande do Norte (SINTRACOMM/RN) fez
um balanço recentemente e constatou que houve 1.502 demissões no período do
início do segundo semestre de 2012 até abril deste ano.
“Em maio
melhorou um pouco porque chegaram algumas empresas na cidade na área do
petróleo e já estão absorvendo alguns trabalhadores”, informou Ivonildo
Monteiro, presidente da entidade.
Fonte: Gazeta do Oeste
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