Sérgio
Costa/Portal BO
Delegados durante coletiva para apresentar detalhes da investigação
A equipe da
Delegacia Especializada em Homicídios (DEHOM), responsável pelas investigações
da morte do advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira, revelou ontem, 6, a
identidade do acusado do crime, Lucas Daniel André da Silva, mais conhecido
pelo apelido “Lukinha”, preso quarta-feira, 5. O acusado confessou o crime e
durante uma coletiva os delegados apresentaram os detalhes da
investigação.
Participaram
da coletiva os delegados Roberto Andrade, titular do inquérito; Raimundo Rolim,
Karla Viviane e Laerte Jardim Brasil. A coletiva aconteceu na sede da Delegacia
Geral da Polícia Civil (DEGEPOL), onde foram repassados todos os detalhes do
caso para a imprensa. De acordo com o que foi divulgado pelos delegados, a
morte do advogado foi motivada por disputa de um terreno comprado pela vítima
em São Gonçalo do Amarante.
“O advogado
comprou o terreno, no loteamento Santa Luzia, através de uma imobiliária, no
entanto, o mesmo terreno já tinha sido vendido por outra pessoa para Expedido
José dos Santos. A partir daí, tiveram início as discussões e ameaças entre os
dois”, relatou o delegado Roberto Andrade.
Roberto
explicou que Expedito José chegou a construir um grande muro cercando o
terreno, no entanto, no dia 13 de abril, Antônio Carlos reuniu alguns amigos,
foi até o local e derrubou o muro. “Em seguida, o advogado enviou uma mensagem
para Expedito informando que o muro tinha sido derrubado. Expedito respondeu
que Antônio Carlos iria pagar tijolo por tijolo”, completou o delegado.
A partir
dessa briga, Expedito teria pedido ajuda de Lucas Daniel e mais um homem
conhecido apenas pelo apelido de “Irmão Marcos”. Eles passaram a planejar a
morte do advogado e, na noite de 9 de maio, foram até o bar onde a vítima
estava, na Zona Oeste de Natal. Eles estavam em um veículo Doblô, de cor prata
e placas NNW-6343, de propriedade de Expedito.
O próprio
Expedito, aliás, era quem dirigia o carro no momento do crime. Lucas teria sido
o responsável por entrar no banheiro do bar e atirar seis vezes contra o
advogado Antônio Carlos, sendo que cinco disparos atingiram a vítima. No dia
seguinte, após a polícia ter conseguido chegar até o veículo suspeito, Expedito
decidiu fugir do Rio Grande do Norte junto com a companheira, Francine Andrade
de Souza.
Os dois foram
para a região de Limoeiro do Norte, no Ceará, mas antes disso queimaram o
Doblô, em Jaguaribe, também interior do Ceará. Durante as investigações, a
polícia conseguiu chegar até o veículo queimado e após confirmar que se tratava
do mesmo carro usado na morte de Antônio Carlos, localizou e prendeu o casal
por suspeita do homicídio.
Expedito e
Francine estão presos, mas negam que tenham qualquer envolvimento com o
assassinato. Lucas Daniel, por sua vez, confessa que executou o advogado e
ainda detalha a participação do possível mandante. Agora, a polícia trabalha
para tentar localizar pelo menos mais quatro pessoas que teriam alguma relação
direta e indireta com o crime.
Fonte: Gazeta do Oeste
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