sexta-feira, 7 de junho de 2013

NATAL: Delegados apresentam assassino e detalhes sobre morte de advogado


Sérgio Costa/Portal BO

 

Delegados durante coletiva para apresentar detalhes da investigação

A equipe da Delegacia Especializada em Homicídios (DEHOM), responsável pelas investigações da morte do advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira, revelou ontem, 6, a identidade do acusado do crime, Lucas Daniel André da Silva, mais conhecido pelo apelido “Lukinha”, preso quarta-feira, 5. O acusado confessou o crime e durante uma coletiva os delegados apresentaram os detalhes da investigação.   

Participaram da coletiva os delegados Roberto Andrade, titular do inquérito; Raimundo Rolim, Karla Viviane e Laerte Jardim Brasil. A coletiva aconteceu na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil (DEGEPOL), onde foram repassados todos os detalhes do caso para a imprensa. De acordo com o que foi divulgado pelos delegados, a morte do advogado foi motivada por disputa de um terreno comprado pela vítima em São Gonçalo do Amarante.

“O advogado comprou o terreno, no loteamento Santa Luzia, através de uma imobiliária, no entanto, o mesmo terreno já tinha sido vendido por outra pessoa para Expedido José dos Santos. A partir daí, tiveram início as discussões e ameaças entre os dois”, relatou o delegado Roberto Andrade.

Roberto explicou que Expedito José chegou a construir um grande muro cercando o terreno, no entanto, no dia 13 de abril, Antônio Carlos reuniu alguns amigos, foi até o local e derrubou o muro. “Em seguida, o advogado enviou uma mensagem para Expedito informando que o muro tinha sido derrubado. Expedito respondeu que Antônio Carlos iria pagar tijolo por tijolo”, completou o delegado.

A partir dessa briga, Expedito teria pedido ajuda de Lucas Daniel e mais um homem conhecido apenas pelo apelido de “Irmão Marcos”. Eles passaram a planejar a morte do advogado e, na noite de 9 de maio, foram até o bar onde a vítima estava, na Zona Oeste de Natal. Eles estavam em um veículo Doblô, de cor prata e placas NNW-6343, de propriedade de Expedito.

O próprio Expedito, aliás, era quem dirigia o carro no momento do crime. Lucas teria sido o responsável por entrar no banheiro do bar e atirar seis vezes contra o advogado Antônio Carlos, sendo que cinco disparos atingiram a vítima. No dia seguinte, após a polícia ter conseguido chegar até o veículo suspeito, Expedito decidiu fugir do Rio Grande do Norte junto com a companheira, Francine Andrade de Souza.

Os dois foram para a região de Limoeiro do Norte, no Ceará, mas antes disso queimaram o Doblô, em Jaguaribe, também interior do Ceará. Durante as investigações, a polícia conseguiu chegar até o veículo queimado e após confirmar que se tratava do mesmo carro usado na morte de Antônio Carlos, localizou e prendeu o casal por suspeita do homicídio.

Expedito e Francine estão presos, mas negam que tenham qualquer envolvimento com o assassinato. Lucas Daniel, por sua vez, confessa que executou o advogado e ainda detalha a participação do possível mandante. Agora, a polícia trabalha para tentar localizar pelo menos mais quatro pessoas que teriam alguma relação direta e indireta com o crime.

Fonte: Gazeta do Oeste

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